Com a aproximação do verão, é esperado que o movimento aumente nas praias pernambucanas. Mas na Praia do Carmo, em Olinda, os comerciantes estão perdendo o sono com a falta de clientes. Cavalos estão soltos pela areia, tomando banho de mar e correndo entre as mesas dos banhistas. Para os frequentadores da praia, a cena comum é motivo de chateação. “Eu acho uma falta de respeito ver o cavalo tomando banho onde a gente deveria tomar”, comentou uma banhista.

Se está ruim para os banhistas, imagine para os comerciantes. Dona Marlene tem uma barraca no local há 37 anos e nunca viu um movimento tão fraco. “O banhista não vai querer vir para a praia com o cavalo dentro da água. É horrível para quem é barraqueiro e para os clientes”, explicou a barraqueira. “Eu acho que o poder público deveria tomar a previdência. Não somos nós comerciantes”, complementou Wilson Cavalcante, presidente da Associação dos Palhoceiros e Ambulantes da Orla Marítima de Olinda.

Riscos à saúde

Além de acidentes, o contato com os animais pode ser causador de algumas doenças. “O fato de ser no mar diminui risco de transmissão, mas existe uma doença transmitida pelo cavalo, o mormo, que é uma doença preocupante”, explicou Vera Magalhães, infectologista.

Resposta

Em nota, a Prefeitura de Olinda informou que está em fase de negociação com uma empresa responsável pelo recolhimento dos animais de pequeno, médio e grande porte. A tramitação segue entre a Procuradoria do município e a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano de Olinda. A Prefeitura disse ainda que após essa tramitação dará início às ações com os animais.