Imbiribeira

Médico suspeito de estupros responde processos por erros em cirurgias

TV Jornal
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Publicado em 27/02/2018 às 16:15

-Reprodução/TV Jornal

Subiu para cinco o número de mulheres que denunciaram médico por estupro na UPA. Foto: TV Jornal/Reprodução
O médico ortopedista de 35 anos, suspeito de estuprar cinco pacientes na Unidade de Pronto Antedimento (UPA) da Imbiribeira, também responde a processos na Justiça por supostos erros praticados em cirurgias. Um dos casos ocorreu em 2016. Um policial militar afirma que um procedimento no punho direito dele foi realizado de maneira incorreta. Foi necessária uma segunda cirurgia – feita por outro profissional – para consertar o erro. As informações são do Ronda JC.

O policial militar precisou passar pelo procedimento porque sofreu um acidente de bicicleta ao cair em um buraco na Avenida Norte, no Recife. Ele quebrou o punho direito e, após 15 dias de espera, passou pela cirurgia. “No entanto, houve um erro grotesco por parte do médico. O punho do PM ficou em um ângulo de 45 graus. Ele ficou sentindo fortes dores, até que passou por uma nova cirurgia. Mesmo assim, ficou sem os movimentos do braço”, afirmou o advogado do policial, Carlos Eduardo Mota.

O processo tramita na 4ª Vara Cível da Capital. Segundo o advogado, o caso está na fase de perícias que devem confirmar se realmente houve erro médico no primeiro procedimento.

Outro processo que tem o mesmo médico como réu também tramita na 31ª Vara Cível da Capital. O Ronda JC entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas ainda não teve resposta sobre o caso.

Aumentam números de vítimas

O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle, afirmou nessa segunda-feira (26) que subiu para cinco o número de vítimas que procuraram a Delegacia da Mulher para denunciar o médico ortopedista suspeito de estupros na UPA da Imbiribeira. Os casos estão sob sigilo.

“Há grandes possibilidades de que estejamos diante de ‘serial’, um criminoso que age repetidamente. O perfil dele foge muito do usual, porque geralmente esses criminosos são pessoas próximas às vítimas. Por ele ser médico, acreditamos que ele aproveitava a posição e a possibilidade de contato físico para praticar a violência contra as vítimas. É importante que elas procurem a Delegacia da Mulher para denunciar. Equipes vão estar preparadas para recebê-las”, afirmou Kehrle. O suspeito ainda não se apresentou à polícia.

A primeira vítima a procurar a Delegacia da Mulher foi uma jovem de 18 anos, que teria sido estuprada na manhã da quarta-feira (21). No dia seguinte, uma universitária de 32 anos tomou coragem de procurar a polícia após a repercussão do caso. O perfil das outras vítimas não foi revelado.

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