Um trio suspeito de estelionato, que realizava compra e venda enganosa de imóveis no Recife e em João Pessoa, foi desmontado pela Polícia Civil, após várias denúncias de vítimas. O último integrante foi preso nessa quinta-feira (18), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Robson Santos de Lima, de 38 anos, estava foragido desde o dia 27 de setembro, quando foi aberto um mandado de prisão contra ele pela Justiça da Paraíba, por envolvimento na prática ilícita. Ele havia sido identificado pela polícia no dia da prisão dos dois comparsas, mas conseguiu fugir.
Já estavam presos, desde o dia 27 de agosto desse ano, Washington Luiz de Castro Luna, de 40 anos, e André Luís Araújo de Castro, 32. Eles foram presos em flagrante enquanto estavam com uma vítima em um cartório na Paraíba, onde iriam assinar um documento de compra e venda. Segundo o delegado Breno Varejão, após a assinatura, a vítima iria transferir a quantia de R$ 12 mil para a conta de um dos estelionatários, como sinal para concluir a transação.
Fraude
A fraude começa quando a casa que era vendida, com documentos falsos, não pertencia aos vendedores, e, quando iria tomar posse da residência, o comprador percebia que foi vítima de um golpe. “Eles alugavam imóveis, e durante a estadia faziam o anúncio de venda, recebiam as pessoas interessadas, mostravam a casa, como se fossem os donos. Quando alguém confirmava o interesse pela compra, o grupo forjava documentos de assinatura da casa”, relata o delegado.
Além do caso na Paraíba, há ocorrências do mesmo crime registradas em Pernambuco. Uma mulher, moradora do município de Petrolina, no Sertão do Estado, chegou a transferir R$ 15 mil para a conta de Washington Luiz, e só depois percebeu o golpe. A polícia conseguiu identificar os estelionatários por meio de Robson Santos, que deixou com a vítima, xerox de seus documentos pessoais, que seriam levados ao cartório.
Furto à loja de pneus em Boa Viagem
Contra Robson também está registrado um Boletim de Ocorrência de outra ação de estelionato, desta vez a um estabelecimento comercial em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. “Um homem, identificado apenas como Gilberto, entrou em contato com uma loja de pneus, fornecendo os dados para que a compra fosse feita por telefone, com a informação que um portador, à mando dele, iria buscar o material”, detalha Varejão.
Segundo a polícia, Robson, que na época era motorista da Uber, foi o responsável em buscar os pneus. Momentos depois da saída dele do local, a compra foi cancelada, deixando um prejuízo de quase R$ 7 mil para a loja.