Política

Acusado de violência doméstica, deputado diz estar vivendo pior momento da vida

Mulher do deputado Marco Aurélio prestou uma queixa contra ele por violência doméstica e psicológica

Giovanna Torreão
Giovanna Torreão
Publicado em 26/06/2019 às 16:32
Foto: Roberto Soares/Alepe
FOTO: Foto: Roberto Soares/Alepe

Acusado de violência doméstica pela mulher, o deputado Marco Aurélio fez um pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o caso, nessa terça-feira (25). O líder da oposição na Alepe falou no mesmo dia em que era votada a PEC 02/2019 de autoria da deputada Gleide Angelo, que inclui na Constituição Estadual a exigência da implantação de politicas públicas de proteção a mulher.

Na tribuna do plenário, o deputado alegou inocência mais uma vez e chegou a dizer que, por conta de toda a polêmica, estava vivendo os piores dias da vida dele. Após o pronunciamento, Marco Aurélio disse que só voltará a falar sobre o tema quando todos os processo for concluído.

O deputado é cotado como candidato do PRTB à Prefeitura do Recife em 2020, fazendo oposição à gestão atual. A mulher prestou uma queixa na Delegacia da Mulher, nessa segunda-feira (24), contra o deputado por violência física e psicológica.

Investigação

Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de Pernambuco para apurar o caso. De acordo com a TV Jornal, o deputado e a mulher tinham uma união estável há três anos e ela afirmou que nos últimos meses ele teria ficado mais agressivo. Ela afirma que ele a empurrou e ela caiu no chão. “Eu sempre achava que ele poderia mudar, mas com o passar do tempo ele tem se tornado mais hostil”, disse, em entrevista à TV Clube, sem se identificar. “Nas outras vezes ele estava sob efeito de álcool e desta vez não”. Não foram repassadas pela Polícia Civil mais informações “para preservar a identidade da mesma e sua segurança”.

Defesa

Em nota, Marco Aurélio afirmou-se surpreendido pela notícia e negou ter agredido a ex-companheira. Segundo o deputado, o casal brigou após sair da igreja. “Essas discussões vêm há algum tempo ocorrendo e eu sempre alertando a mesma para que encontrasse um ponto de equilíbrio. Infelizmente, domingo à noite encerrei a relação. Ao sair de casa deixei claro que aquela era nossa última vez juntos e que hoje meu advogado iria contatá-la para que na terça fossem tomadas as medidas jurídicas”, relatou.

“Para encerrar, quero deixar claro o meu total apoio à Lei Maria da Penha. Atitudes iguais às que estou passando servem como desserviço à todas mulheres que sofrem violência domestica e familiar”, afirmou. “Assim aconteceram os fatos. Quem me conhece sabe quem eu sou. Tenho duas ex-mulheres e uma filha.”

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