Julgamento

Tia de criança morta em ritual em Brejo da Madre de Deus revela dor ao lembrar caso no julgamento

O crime aconteceu em 2012 no Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 27/02/2020 às 14:40
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Os quatros suspeitos de matar Flânio Silva Macedo, no ano de 2012, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, estão sendo julgados na 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife. O julgamento começou nesta quinta-feira (27), e ainda não há previsão para término. Ao todo, a sessão já foi remarcada três vezes.

Os familiares do menino, que na época do crime tinha 9 anos, vieram acompanhar a sessão. A tia da vítima concedeu entrevista e falou sobre o momento dificil que é relembrar toda a história. ''É difícil para a família porque, querendo ou não, ficam revendo o caso e a gente fica ansioso entre uma questão e outra, mas sempre de cabeça erguida. A família está sempre de cabeça erguida'', afirmou Laudemira Ribeiro da Silva.

O advogado do réu Genival Costa relatou que existe erro na apuração do crime. ''Trouxeram alguns elementos, para serem mostrados aos jurados, que não é provada a autoria do fato'', disse Alexandre Almeida.

Por outro lado, o promotor de Justiça José Edivaldo da Silva, afirma que a criança teria sido atraída para ser o sacrifício de um ritual.

''Nos chama mais atenção (do tribunal) é que a criança foi atraída para um sacrifício, segundo eles (suspeitos), para oferecer ao demônio, além de se viciarem sexualmente. Nós temos as confissões, provas testemunhais e câmeras dos últimos momentos da criança'', conta.

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Suspeitos

Os suspeitos Edinaldo Justo dos Santos, conhecido como “Pai Nau”, de 33 anos, Edilson da Costa Silva, conhecido por “Pai Véio”, de 63 anos e a esposa dele, Maria Edileuza da Silva, a Filó, de 51 anos, são apontados, no processo, como assassinos do menino.

Relembre o crime

O corpo da criança foi encontrado em um matagal e ele estava sem roupas, com pernas e braços amarrados, degolado e com sinais de violência sexual. De acordo com a polícia, os acusados teriam usado a vítima para um ritual. A polícia acredita em um suposto caso de ritual.

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