ALERTA

Professores da UFPE elaboram carta de alerta para volta às aulas presencial das escolas em Pernambuco

A carta foi elaborada pelos professores de Estatística da Universidade

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 26/06/2020 às 14:36
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

Um grupo de professores de Estatística da UFPE elaborou uma carta de alerta sobre a volta precoce das aulas das crianças nas escolas de Pernambuco. A carta está sendo divulgada na imprensa e nas redes sociais. A professora Maria Cristina Raposo, faz parte do grupo de professores e explicou a preocupação sobre o retorno das aulas.

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"As crianças em ambientes fechados, que seria o caso das escolas, gotículas de espirro ou torce podem permanecer suspensas por horas. E se tiver o ar-condicionado pode de deslocar até 4 metros e isso é uma coisa bastante grave. Então as crianças podem ser infectadas e levar a carga viral para casa. E por outro, quando as crianças voltarem às aulas vocês acreditam que vão conseguir ficar 4 horas com as máscaras? Ou vão conseguir ficar numa distância do seu colega?", relatou Maria.

Escolas se preparam para volta às aulas presencial

Há quase três meses sem receber os alunos por conta da pandemia do novo coronavírus, várias escolas particulares de Pernambuco já se preparam para a volta às aulas de maneira presencial. Porém, ainda não há uma data definida para o retorno. Devido a isso, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado elaborou um documento, que é um plano de retomada das aulas com uma série de orientações de prevenção a covid-19 e deve ser enviado ao governo estadual.

Ações como instalação de pias, depósitos de álcool em gel estão apresentadas no protocolo. Em uma escola particular, em Olinda, as aulas estão acontecendo pela internet. Os alunos participam em salas virtuais desde o dia 4 de maio, assim que as férias terminaram.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
  • Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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