Polêmica

Audiência pública discute cadastramento de flanelinhas no Grande Recife

O debate existe há 18 anos e algumas medidas foram feitas, como carteira de identificação

Site Da TV Jornal
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Publicado em 10/12/2014 às 13:20

-Reprodução/TV Jornal
Uma audiência pública no Ministério Público de Pernambuco discute nesta quarta-feira (10) a proposta da Prefeitura do Recife para cadastrar e monitorar os flanelinhas que tomam conta de carros nas ruas do Recife. A medida divide opiniões. Os motoristas acham necessário que haja esse controle, para evitar cobranças abusivas, e os flanelinhas temem perder o ponto e a renda com a aprovação da regulamentação.

A discussão sobre o tema existe há 18 anos. E algumas medidas foram feitas, como a emissão de uma carteira de identificação. Seu Carlos, que trabalha como flanelinha na Rua da Moeda, guarda um documento que, segundo ele, foi emitida pela Secretaria de Defesa Social durante os movimentos para organizar este tipo de serviço. Ele diz que sempre apresenta a carteirinha quando o motorista fica desconfiado e assim conquista mais clientes.



A reclamação mais comum é a cobrança de valores acima do estipulado. No sistema zona azul o condutor paga R$ 1 pelo bilhete por até duas horas, mas, na prática, os valores podem chegar até R$ 20, e as pessoas que se negam tem o veículo danificado. Em defesa, muitos flanelinhas alegam que o abuso parte das pessoas que vêm de fora.

Em outubro de 2013, um flanelinha que lavava carros no bairro de Santo Amaro pegou o automóvel de uma cliente sem autorização para dar uma volta. No passeio, ele perdeu o controle do veículo, bateu em outros três carros e foi preso. No mesmo mês, outro flanelinha foi detido após jogar uma pedra na viatura da guarda municipal do Recife. Ele se irritou quando agentes de trânsito retiravam carros estacionados irregularmente.

Em novembro de 2012, uma briga entre dois flanelinhas deixou um deles gravemente ferido. Ele foi jogado contra o vidro lateral de um automóvel, que ficou parcialmente destruído com o impacto. A confusão começou por conta de R$ 2, valor referente ao pagamento de uma vaga.



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