Lava Jato

Fernando Bezerra Coelho é denunciado ao STF por recebimento de propina

TV Jornal
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Publicado em 04/10/2016 às 10:00

-Reprodução/TV Jornal

O Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) foi denunciado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro durante a construção da Refinaria Abreu e Lima. De acordo com Janot, Fernando Bezerra teria recebido pelo menos R$ 41,5 milhões em propinas das empreiteiras OAS, Camargo Correia e Queiroz Galvão por contratos com a Petrobrás para as obras da Refinaria Abreu e Lima, entre os anos de 2010 e 2011.

Na época, Fernando Bezerra era o homem forte do Governador Eduardo Campos e acumulava os cargos de Secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Portuário de Suape. O dinheiro da propina, segundo Janot, teria sido destinado à campanha de reeleição do ex-governador Eduardo Campos em 2010. Os empresários Aldo Guedes e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho também foram denunciados pela PGR.

Para Janot, o grupo ligado a Eduardo Campos foi o responsável pela compra do avião usado na campanha à Presidência da República, em 2014, e, no qual, Eduardo Campos morreu durante um desastre no mês de agosto do mesmo ano. Fernando Bezerra Coelho, Aldo Guedes e João Carlos Lyra são acusados de lavagem de dinheiro em pelo menos 77 operações.

A PGR pede a condenação de Fernando Bezerra por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, além da reparação dos danos causados no valor de R$ 41,5 milhões e a perda do cargo de senador.

Defesa

A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) esclareceu que não fará qualquer comentário sobre o conteúdo da denúncia. De acordo com o advogado, os fatos são inverídicos e "não houve qualquer recebimento de favores em troca de incentivos fiscais na construção da Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima-RNEST".

Ainda segundo a defesa, as delações que deram início às investigações não foram comprovadas, são contraditórias e infundadas. Por fim, a nota divulgada informou que o "Senador segue à disposição da Justiça, mantém sua confiança nas instituições democráticas e tem a certeza de que tais imputações serão rechaçadas ao longo da marcha processual".

Já a defesa de João Carlos Lyra informou que só se manifestará quando tiver acesso à denúncia.

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