Economia

Recife registra a terceira maior inflação do país

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Publicado em 13/01/2017 às 14:00

-Reprodução/TV Jornal

Reduções nos preços de alguns alimentos contribuíram para que a inflação ficasse dentro da meta do governo, que era de 6,5%. A cebola, por exemplo, baixou 36,5%, assim como a batata, 29,3%, o tomate, 27,8%, e a cenoura 20,4%. A média nacional, calculada pelo IBGE foi de 6,29%. No entanto, no Recife, foi registrada a terceira maior inflação do país, 7,10%, atrás apenas de Fortaleza, no Ceará, 8,34%, e de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, 7,52%.

No acumulado do ano, o feijão mulatinho foi o produto que mais subiu, 101%. Agora, já está sendo vendido até por 4,99 em alguns supermercados. Também puxaram a alta a farinha 46,6%, o arroz, 16,1%, o açúcar, 30% e as frutas em geral, 22,6%. Para os economistas, as condições climáticas foram decisivas para o desempenho negativo do Recife. "Estamos com um perído de estiagem muito prolongado que se agravou com o El Niño nos últimos dois anos. Não só em 2015 como também em 2016, tivemos um impacto muito grande”, avalia o economista Écio Costa.

Serviços

Alimentos e bebidas têm um peso de 40%, no Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, que é a base do cálculo da inflação. Mas não é só no supermercado que esse peso é sentido. Comer em restaurantes ficou 7,22% mais caro em 2016. Já a inflação de serviços caiu de 8%, em 2015, para 6,5%, em 2016. Um reflexo do desemprego e da diminuição do consumo. “O consumidor brasileiro, principalmente o de classe mais baixa, prioriza o alimento, as contas domésticas. A prestação de serviço vem por último. A recessão que tivemos em 2015 e 2016, puxou os preços dos produtos para baixo, principalmente o setor de prestação de serviços. A ida ao cabeleireiro, a contratação de alguns prestadores de serviços, não foram priorizados”, explica o economista.

2017

A expectativa é de que, em 2017, o setor agrícola comemore safras recorde, já que o El Niño perdeu força no país, o que poderá impactar positivamente no preço dos alimentos, pois com o aumento da oferta, deverá haver uma tendência de queda.

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