Após a greve dos caminhoneiros, os compradores de milho correram para o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa) para voltar a fazer as comidas típicas. Por causa disso, a oferta de milho estava muito pequena para a demanda, e o preço aumentou. A mão do milho chegou a R$ 50.
A 23 dias do São João, havia poucas as espigas no pátio do milho a venda. Por causa da paralisação dos caminhoneiros, o produto chegou em menor quantidade, mas o fluxo de compradores aumentou e pegou os vendedores de surpresa. "A greve acabou, aí o pessoal retomou as compras. A entrada foi menos, e ninguém esperava", afirmou o vendedor Luciano Prado.
Outro vendedor, Hélio José da Silva, contou que tinha 7.500 espigas, vendidas em questão de horas. A mão estava custando R$ 25 e não deu para quem queria, mas segundo ele, o preço ainda pode mudar. "Pode cair, mas a expectativa da gente é vender na base de R$ 25", disse.
Por causa da pouca oferta de produto, alguns vendedores aumentaram o preço da mão de milho. Teve gente que encontrou a mão de milho por R$ 30 e até R$ 40. Essa variação revoltou os consumidores.
Nova carga
Segundo o presidente do Ceasa, Gustavo Melo, uma nova carga de milho deve chegar no domingo (3), e já na segunda-feira (4) o preço da mão vai diminuir. Ele informou que a oferta este ano deve ser maior do que a do ano passado. Em junho de 2017 foram vendidas quase 12 milhões de espigas. Este ano, esse número deve chegar a 13 milhões. No entanto, as vendas devem aumentar ainda mais no plantão do milho, que começa na próxima semana.