Feminicídio

Suspeito de matar esposa pede ajuda à mãe para voltar ao presídio

Após matar a esposa, o suspeito levou os enteados para a casa da mãe dele, dizendo que era para dar um susto na companheira. Ele foi preso

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 03/06/2019 às 12:10
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

O homem suspeito de matar a esposa em Campo Grande, na Zona Norte do Recife, se entregou à polícia no fim da manhã desta segunda-feira (3). Denilson Gomes da Silva, de 28 anos, chegou ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), por volta das 10h30. Ele foi preso em flagrante por feminicídio.

De acordo com parentes do suspeito, depois de cometer o crime, ele foi para a casa da mãe, em Olinda, com o enteado de 11 anos e o filho do casal, de nove meses. Lá, ele informou que teria brigado com a vítima e teria levado as crianças para dar um susto nela.

Ainda segundo os parentes, por estar foragido do Presídio de Canhotinho, Denilson pediu à mãe para levá-lo até a Delegacia de Rio Doce, porque ele iria se entregar e voltar para a cadeia. Foi lá que a mãe e o padrasto descobriram que Denilson tinha cometido outro crime.

Confira a reportagem

O caso

Uma dona de casa foi assassinada a tiros, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. O suspeito do crime é o marido dela. Erica da Silva Pereira, de 34 anos, foi morta dentro de um quarto alugado, onde morava. De acordo com a polícia, vizinhos ouviram uma discussão dela com o marido, identificado como Denilson Gomes da Silva, por volta das 4h30 desta segunda-feira (3).

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Existe uma história para contar por trás de cada assassinato de mulher em Pernambuco. Uma por uma, vamos contar todas. Mapear onde as mataram, as motivações do crime, acompanhar a investigação e cobrar a punição dos culpados. Um banco de dados virtual, com os perfis de vítimas e agressores, além dos trágicos relatos que extrapolam a fotografia da cena do crime. Entender como e por que aquelas mulheres chegaram até ali. Neste especial, a dor que não vai passar. Mas que gera – precisa gerar – reação, cobrança, enfrentamento. Para ajudar a prevenir e, principalmente, salvar vidas. Confira o mapa do feminicídio em Pernambuco.

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