Feminicídio

"Esperamos por justiça", diz mãe de Mirella Sena sobre julgamento

Comerciante acusado de matar a fisioterapeuta Mirella Sena, em 2017, enfrenta júri popular nesta segunda-feira

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FOTO: Reprodução/TV Jornal

O julgamento do comerciante acusado de matar a fisioterapeuta Mirella Sena, no ano de 2017, começou por volta das 9h desta segunda-feira (5), no Fórum Thomaz de Aquino, no centro do Recife. O principal e único acusado do crime, o comerciante Edvan Luiz, que era vizinho da vítima, enfrenta Júri Popular.

Desde o crime, são dois anos e quatro meses que amigos e familiares de Mirella esperam por esse julgamento. Quem conviveu com ela não esquece a mulher de personalidade marcante e alegre, e espera que a justiça seja feita no dia de hoje, não só para o caso de Mirella, mas em nome de todas as mulheres vítimas de violência e crimes bárbaros de feminicídio.

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Reabrir a ferida

Para a mãe de Mirella, Sueli Araújo, será um dia bem difícil. Ela espera que a justiça seja feita e que a luta contra o feminicídio continue. "A ferida vai ser reaberta mais uma vez, mas temos que passar por isso. Esse crime não pode ficar impune, não só por ela, mas pela luta dela. E nós estamos firmes, com a força de Deus e com a nossa fé, que é maior", pontuou Sueli.

Veja o depoimento completo

Dia estadual do combate ao feminicídio

O dia 5 de abril, data em que Mirella foi assassinada, virou o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. "Foi uma tragédia que culminou em um sentimento de luta contra essas agressões", disse uma amiga da vítima, Úrsulla Machado.

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Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 5 de abril de 2017. A fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, de 29 anos, foi abusada sexualmente e cruelmente assassinada a golpes de faca, no apartamento onde morava, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

O único suspeito do crime foi o vizinho, o comerciante Edvan Luís da Silva. Ele foi autuado em flagrante por homicídio triplamente qualificado e segue preso, aguardando o julgamento de hoje (5).

#UmaPorUma

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