PARALISAÇÃO

Auxiliares e Técnicos em Enfermagem da rede estadual fazem paralisação

De acordo com a categoria, a paralisação pode ser estendida, caso o Governo do Estado não se posicione. A classe cobra melhorias e aumento no salário

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FOTO: Reprodução/TV Jornal

Um grupo de técnicos de enfermagem se reuniu em frente à sede da Secretaria de Administração do Estado (SAD), localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, para protestar e decretar paralisação de advertência, por 24 horas. Eles usaram um carro de som e cartazes para chamar a atenção de quem passava pela Avenida Antônio de Goes.

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Os protestantes decidiram bloquear as duas faixas da avenida. De acordo com eles, a greve é uma maneira de pressionar o Governo do Estado a negociar com a categoria. Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho e aumento no salário. Segundo eles, um profissional de enfermagem com ensino médio recebe, atualmente, R$ 774 por mês.

Greve pode ser estendida

Ainda de acordo com a categoria, 100% dos profissionais que trabalham em ambulatórios e 50% dos que trabalham nas emergências dos hospitais da rede Estadual aderiram à greve hoje. Caso o Governo do Estado não se posicione, a classe trabalhadora não descarta a possibilidade de a greve ser estendida.

Motivos da paralisação

  • 13 anos fora do orçamento do Estado e colecionando perdas salariais;
  • Salário-base inferior a um salário mínimo: R$ 774;
  • Carga horária exaustiva e excesso de plantões, causando adoecimento e absenteísmo;
  • Crescente número de tentativas de suicídio entre os profissionais de nível médio;
  • Falta de material básico para assistência dos pacientes;
  • Risco permanente de sofrer violência devido à falta de segurança nas emergências dos principais hospitais;
  • Estruturas físicas com graves problemas causando risco de acidente tanto aos pacientes como aos profissionais.

*Lista publicada no site oficial do SATEN-PE

Hospital Getúlio Vargas

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas (HGV) foram proibidos de trabalhar, em três blocos da unidade, que fica no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. A decisão foi tomada pelo Conselho Regional de Enfermagem, que, por meio de uma interdição ética dos serviços de enfermagem, fechou parte do prédio, na noite da última quarta-feira (4).

Os funcionários do hospital estavam trabalhando com medo, visto que a estrutura apresentava diversas rachaduras e risco de desabamento. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren), o HGV conta com 138 enfermeiros e 704 técnicos de enfermagem. No bloco G, trabalham cerca de 350 profissionais, de ambas as funções. Eles foram relocados para outros setores do hospital.

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