Familiares, amigos e integrantes de movimentos sociais se reuniram na Praça da República, área central do Recife, durante a manhã desta segunda-feira (13), para pedir, mais uma vez, justiça pela morte do Menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos.
Após a concentração, o grupo saiu em passeata até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo do ato foi de pressionar a instituição que vai anunciar nesta terça-feira (14) o posicionamento sobre o inquérito da Polícia Civil, que indiciou a primeira dama de Tamandaré e ex-patroa da mãe do garoto, Sarí Corte Real, por abandono de incapaz seguido de morte.
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A mãe de Miguel, Mirtes de Souza, se fez presente na ocasião. "Eu tenho fé em Deus de que o ministério vai acatar a denúncia. Peço que o promotor dê um pouco mais de atenção ao caso do meu filho", desabafou Mirtes.
Nome do promotor
O MPPE não divulgou o nome do promotor que está analisando o caso. Ele pode denunciar Sarí, arquivar o caso ou devolver o inquérito à Polícia Civil, para que sejam realizadas novas diligências.
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Em entrevista à TV Jornal, A mãe de Miguel questionou a decisão. "Me preocupo com o promotor. O nome está em sigilo para mim, está em sigilo para todo mundo. Mas será que está em sigilo para o lado de Sarí? É uma família de nome e que tem dinheiro. Espero que o promotor não seja manipulado", afirmou.
Relembre o caso
No dia 2 de junho de 2020, o garoto Miguel Otávio Santana da Silva morreu após cair de uma altura de aproximadamente 35 metros, no Condomínio Píer Nassau, popularmente conhecido como Torres Gêmeas, localizado no bairro de São José, região central do Recife.
Ele era filho de Mirtes Renata Santana de Souza, empregada doméstica de Sarí Côrte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). O fato aconteceu quando Sarí mandou Mirtes passear o cachorro da família e se responsabilizou por olhar o garoto.