Pacientes que precisam de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Jardim Paulista, Região Metropolitana do Recife, denunciam a falta de assistência de casos considerados com pouca gravidade.
Pessoas que precisam de atendimento chegam a passar mais de quatro horas aguardando um médico para se consultar e muitas vezes voltam pra casa sem conseguir ser atendido.
Confira a matéria exibida no TV Jornal meio-dia desta segunda-feira (20):
O eletricista Ulisses de Moura levou a esposa para a emergência devido a chikungunya e ficou sem nenhuma resposta por parte da unidade. Ele conta que a mulher dele recebeu uma pulseira na cor amarela e foi colocada em uma sala de espera.
"Eu falei com a assistente social e ela me disse que só tinham dois médicos para atender e a prioridade era o pessoal do amarelo. Todo mundo precisa de prioridade. Pelo menos precisa de respeito pelas pessoas", relatou Wlyses que acrescenta que a justificativa dada pela UPA é que simplesmente não tem médico.
De acordo com o eletricista, um paciente chegou a desmaiar na recepção da unidade aguardando um médico. "O cara caiu aí de repente e foi socorrido na urgência. Não sei se ele foi atendido".
Um outro exemplo da precariedade no atendimento é o motorista Bruno Rodrigues da unidade. Depois de dias sofrendo com febre e com a garganta inflamada ele procurou a UPA para ser atendido. Mas depois de mais de três horas aguardando, desistiu.
"Você chegar de 5h40 da manhã e uma hora dessa não fui atendido, já vai dar 9h do dia. Quatro horas esperando um atendimento", relatou o homem. Para Bruno, a justificativa dada pela equipe médica é que apenas os casos mais graves estão sendo atendidos.
Nota da UPA
Em nota, a assessoria de imprensa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) afirmou que a unidade tem atuado dia e noite com escala completa de profissionais durante os plantões.
Disse também que reconhece a grande demanda de pacientes por conta da pandemia e o aumento de casos de arboviroses, mas garantiu que todos eles são atendidos.