As candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB), que disputam o governo de Pernambuco, se encontraram para debater ideias e propostas para o Estado que pretendem governar pelos próximos quatro anos.
O encontro, que foi promovido pela TV Jornal, aconteceu nesta terça-feira (25), com mediação da jornalista Anne Barretto, e contou com transmissão multiplataforma para alcançar os mais de 7 milhões de eleitores pernambucanos.
DEBATE PARA GOVERNADORA DE PERNAMBUCO
As duas candidatas que passaram para a segunda etapa do pleito eleitoral discutiram os desafios e soluções para Pernambuco nos próximos anos durante o debate para governadora de Pernambuco.
Ainda no primeiro bloco do debate da TV Jornal, Marília Arraes reforçou sua associação a Lula (PT) e afirmou que iria fazer uma nova edição da parceria entre o ex-presidente e o ex-governador Eduardo Campos (PSB).
"Quero pedir o apoio, o voto e empenho na eleição de Lula. Você, que passou dificuldade sabe o quanto a vida mudou no Governo Lula, e aqui em Pernambuco, na parceria de Lula e Eduardo Campos", disse ela.
Ainda antes do debate para governadora de Pernambuco, Raquel ingressou na Justiça com uma representação criminal contra Marília Arraes.
Ela acusa sua adversária de mentir e tentar lhe imputar culpa sobre crises envolvendo morte de adolescentes na Funase enquanto a tucana era secretária da Criança e da Juventude.
"Infelizmente, ela entrou no vale tudo eleitoral, fazendo acusações inverídicas contra minha honra, minha pessoa, imputando a mim responsabilidade que nunca existiu", disse ela durante do debate.
Raquel Lyra também respondeu pergunta sobre políticas públicas para a população LGBTQIA+. Marília Arraes, por sua vez, aproveitou o momento para atacar a adversária.
Questionada pelo jornalista Ciro Bezerra sobre suas propostas para combater a violência contra a população LGBTQIA+, Raquel disse contou suas ações para este público à frente da prefeitura de Caruaru.
“Somente no ano passado, 700 pessoas foram violentadas de alguma forma, crime de assassinato, de estupro, crime de lesão corporal contra a população LGBT. Em Caruaru, a gente criou o Centro de Direitos Humanos. Equipe multidisciplinar para cuidar, acolher e proteger. Psicólogo, assistente social para estar junto. Para reprimir e identificar de maneira precoce a violência praticada contra essa população”, explicou.
“Quero ser a governadora de todos os pernambucanos, independente de sua religião, de sua cor, de sua sexualidade”, continuou Raquel.
Marília comentou a resposta de Raquel fazendo ataques, ligando a candidata tucana ao presidente Jair Bolsonaro.
“Achei muito interessante a resposta de Raquel. É importante que se trabalhe muito para que Pernambuco seja um estado sem preconceito. Mas já que ela trata o plano de governo como trabalho de escola, contando capa e contracapa, no dela não tem uma linha sobre combate à LGBTfobia, políticas para população LGBT”, disparou Marília.
Comentários