No último domingo (1°), foi oficialmente dividida uma das denominações mais tradicionais da igreja cristã. Além da Igreja Metodista Unida, nasce agora a Igreja Metodista Global, que seguirá uma vertente mais conservadora.
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O motivo da divisão foi a discussão sem fim entre a liderança sobre as questões LGBTQ+ na igreja. Desde 1972, a prática da homossexualidade é considerada "incompatível com o ensino cristão", de acordo com o Livro de Disciplina da denominação.
Durante os conselhos de liderança que acontecem periodicamente, os Metodistas Unidos Progressistas questionavam as doutrinas relacionadas à sexualidade nas últimas décadas.
Discussões internas
Em 2016, os bispos anunciaram uma sessão da Conferência Geral da Igreja Metodista totalmente dedicada ao tema. Apesar do destaque recebido, a proibição da ordenação de ministros homossexuais e da realização de casamentos LGBTQ+ se manteve com a aprovação do "Plano Tradicional", em 2019.
Os líderes mais progressistas decidiram desconsiderar essa decisão, e o conflito continuou. Até que surgiu um possível acordo para a criação de uma denominação mais "conservadora", separada, que receberia US$ 25 milhões nos próximos quatro anos.
Uma Conferência Geral foi marcada para 2020, para a discussão do acordo. Porém, a reunião acabou sendo adiada várias vezes por causa da pandemia.
A última remarcação foi no início de 2022 e indicava a data da reunião para 2024, mas os bispos conservadores não aceitaram e anunciaram a saída oficial da Igreja Metodista Unida.
Como fica a Igreja Metodista agora?
O Conselho de Liderança Transitória da Igreja Metodista Global lançou um comunicado explicando os motivos da separação e criação da "nova ala" conservadora.
De acordo com o reverendo Keith Boyette, presidente do Conselho, o lançamento foi motivado por muitas pessoas estarem "cansadas do conflito não ser abordado e resolvido pela Igreja Metodista Unida".
Boyette informou que o Conselho não sabe ao certo quantos clérigos e igrejas se juntarão à denominação, mas acredita que centenas de igrejas nos EUA já começaram o processo de desfiliação da Igreja Metodista Unida.
O reverendo ainda comentou à imprensa que a separação não é motivo para se comemorar. “Acho que ninguém está dançando de alegria por estarmos neste lugar no Metodismo. Acho que há uma tristeza por termos chegado a esse ponto”.
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