CHINA

Sites com conteúdo cristão foram bloqueados na China

A menção à palavra "evangelho" pode emitir alerta ao Estado

Emília Prado
Emília Prado
Publicado em 18/05/2022 às 19:09
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O tribunal tratará as denúncias relacionadas com as transações comerciais na internet, os direitos autorais e a qualidade dos produtos vendidos on-line - FOTO: Foto: Reprodução

Na China, um novo regulamento da internet entrou em vigor no dia 1º de março deste ano. Segundo informações da Organização Portas Abertas, que presta apoio a cristãos perseguidos no mundo todo, diversos sites cristãos foram retirados do ar.

O website Jona Home, uma página cristã que estava ativa há 20 anos, teve acesso bloqueado em todo o país desde o dia 12 de abril.



Quando o endereço da página é acessado, a tela exibe uma mensagem: “O desaparecimento deste site é apenas o desaparecimento de um website, não significa nada em especial. Esse link não pode mais ser aberto, não há nada além disso. Não fique preocupado. Apenas siga em frente”.

As novas medidas regulatórias da internet chinesa exigem que os usuários obtenham uma permissão para postar qualquer conteúdo religioso na rede.

Somente cinco instituições religiosas foram aprovadas pelo Estado, entre elas, a igreja protestante Movimento Patriótico das Três Autônomas, organização oficial do governo que supervisiona o desenvolvimento do cristianismo na China.

Qualquer postagem de conteúdo cristão feita por pessoas que não estão relacionadas a esta organização será apagada.

Nos últimos anos, o aplicativo da Bíblia foi fechado, assim como algumas contas do WeChat, aplicativo mais popular do país, também foram bloqueadas por mencionarem qualquer coisa relacionada ao Evangelho.

Apenas a menção à palavra "evangelho" é suficiente para emitir um alerta operacional, que bloqueia de forma permanente a conta ou site cristão.

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