Investigação

Pastor preso por passar 'óleo ungido' nas partes íntimas de mulheres é interrogado pela polícia; veja o que ele disse

Pastor foi preso por estuprar quatro mulheres. Os abusos ocorriam durante os atendimentos particulares em seu gabinete

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 20/05/2022 às 6:57 | Atualizado em 20/05/2022 às 7:00
Notícia
Reprodução/Redes Sociais
. Na casa do pastor, a polícia encontrou papeis com anotações sobre o que ele diria na defesa - FOTO: Reprodução/Redes Sociais

O pastor Lourival Santos de Andrade, de 42 anos, que foi preso por estuprar quatro mulheres e passar óleo ungido nas partes íntimas delas foi interrogado na última quarta-feira (18), em Cuiabá.

Segundo a delegada Jannira Laranjeira, o religioso disse ter três igrejas em cidades do estado, mas não comentou sobre os abusos. Na casa dele, a polícia encontrou papeis com anotações sobre o que ele diria na defesa.

INTERROGATÓRIO

A delegada informou que o suspeito respondeu apenas a primeira parte do interrogatório e, que sobre os abusos, manifestou o direito de permanecer calado.

“Ele foi interrogado e disse ser pastor e ter três igrejas. Respondeu as questões tranquilamente e, sobre o fato, negou e manifestou o direito de permanecer calado", disse a delegada Jannira Laranjeira.

Conforme as investigações, Louviral teria estuprado quatro vítimas, duas delas sendo menor de idade, em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá.

Lourival disse à polícia que possui uma igreja em Confresa, uma em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, e outra na capital, no Bairro Planalto.

"O que estava escrito é que ele nunca esteve com a vítima, e que não conhece a vítima. Para cada caso ele tinha uma defesa”, contou a delegada.

PASTOR JÁ HAVIA SIDO APREENDIDO

O suspeito ainda informou à Polícia Civil que já havia sido apreendido quando era menor de idade por roubo, mas que após o fato, não tinha mais nenhuma ocorrência policial contra ele.

INVESTIGAÇÃO

As investigações iniciaram após o registro do primeiro boletim de ocorrência, em agosto do ano passado, contra o pastor que se aproveitava da função para praticar os abusos sexuais, segundo a polícia.

A Polícia Civil do Mato Grosso informou que uma das vítimas foi violentada durante uma conferência na igreja, quando o pastor chamou a menor em um quarto fechado e acariciou as partes íntimas da adolescente.

Em outro momento, ele fez uma chamada de vídeo para a menor, em que aparecia manipulando e exibindo o órgão genital.

A segunda vítima, de 17 anos, relatou que no mês de fevereiro deste ano foi até igreja evangélica falar com o pastor, pedindo para que ele fizesse uma oração.

A vítima contou também que foi levada até o banheiro da igreja, onde o suspeito pediu para que ela passasse um óleo na barriga.

Na sequência, o pastor pegou o produto e passou pelo corpo da menina, que relatou sentir tontura e, posteriormente, ter sido abusada.

Os abusos ocorriam durante os atendimentos particulares em seu gabinete, onde ele fazia uma oração com as vítimas e passava o óleo ungido nas partes íntimas delas, estuprando-as em seguida.

A investigação da Delegacia de Confresa identificou um padrão na conduta do suspeito.

Comentários