Caso de polícia

Pastor e mulher suspeitos de matar bebê e jogá-lo em bueiro vão ser ouvidos em audiência; relembre o crime

De acordo com as investigações, o recém-nascido assassinado pela própria mãe recebeu golpes de garfo no pescoço, foi sufocado e teve o corpo escondido

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 21/06/2022 às 9:44 | Atualizado em 21/06/2022 às 9:47
Notícia
Leábem Monteiro/SVM
O crime ocorreu em novembro de 2021 - FOTO: Leábem Monteiro/SVM

Um pastor e uma mulher suspeitos de matar e jogar num bueiro o corpo de um bebê recém-nascido serão ouvidos em audiência de instrução do próximo dia 4 de julho.

De acordo com informações do G1, na presença do juiz, os dois devem contar as próprias versões dos fatos.

O crime ocorreu em novembro de 2021, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Na época do crime, Jamile Rolim da Silva, mãe da criança, e Antônio José Cardoso Cunha, foram autuados em flagrante por homicídio e ocultação de cadavér.

Em dezembro, a Justiça acolheu a denúncia feita pelo Ministério Público como ação penal de competência do júri.

A defesa de Jamile disse que vai apresentar na audiência todos os fatos e provas que comprovam a sua inocência.

Já o advogado de Antônio José informou que vai se posicionar apenas nos autos e que o suspeito não teve participação no suposto homicídio ou no induzimento ao aborto, tendo participado apenas na ocultação de cadáver.

GOLPES DE GARFO

Conforme as investigações, o recém-nascido assassinado pela própria mãe recebeu golpes de garfo no pescoço, foi sufocado e teve o corpo escondido, por um dia, em um móvel de uma residência em Caucaia.

A mulher tomou um abortivo e o bebê nasceu com oito meses em casa, pesando um pouco mais de 3 quilogramas. O homem, suposto pai, jogou o corpo do bebê em um bueiro.

Jamile, na época com 20 anos, teve um relacionamento amoroso com Antônio José, de 36 anos. Segundo a polícia, José ajudou a ocultar o cadáver na residência e, no dia seguinte do crime, jogou o corpo do bebê em um bueiro no Bairro Marechal Rondon.

Ainda segundo a Polícia Civil, Antônio José morava no primeiro andar de um imóvel com a mulher com quem ele era casado, e no térreo, mantinha uma igreja. Moradores da região invadiram e saquearam a igreja e casa dele após a revelação do caso.

Nos fundos da residência, o suspeito possuía cômodos em que ele abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade social. Jamile foi uma das pessoas acolhidas pelo pastor e passou, posteriormente, a manter um relacionamento com ele.

PRISÃO

O pastor e a mulher foram presos no dia 8 de novembro. As investigações começaram após a Polícia Civil ser acionada com a informação de que uma mulher deu entrada em um hospital com sinais de aborto. Com as investigações em andamento, a polícia conseguiu chegar aos nomes dos suspeitos.

PASTOR TEVE CASA SAQUEADA

Moradores saquearam o local onde fica a casa do pastor e a igreja, além de atearem fogo ao veículo dele após saberem da morte do recém-nascido.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver os moradores retirando cadeiras, caixas de som e outros móveis da casa do pastor.

Um veículo modelo kombi que pertence a ele foi incendiado. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e debelou as chamas, porém, o veículo ficou destruído

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