POSICIONAMENTO

POLÊMICA: Igreja evangélica é criticada por mural na rua contra ativismo LGBT

Igreja Batista divulga mensagem apontando a Bíblia como "proteção contra o ativismo LGBTQIA+"

Emília Prado
Emília Prado
Publicado em 11/07/2022 às 19:51
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Mural contra o ativismo LGBTQIA+ foi colocado na fachada de igreja evangélica - FOTO: Reprodução

A Primeira Igreja Batista em Aracruz, no Espírito Santo, está sendo alvo de críticas e protestos por causa de um mural instalado na fachada do templo.

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A mensagem do cartaz diz que "a Bíblia é a única proteção contra o ativismo LGBTQIA+" e exibe a ilustração de uma família. O casal segura sobre os filhos um guarda-chuva com o texto "Bíblia Sagrada", que protege a família de uma chuva nas cores do arco-íris.

Nas redes sociais da igreja, diversas pessoas deixaram comentários que se dividiram entre críticas e palavras de apoio.

"Bom saber que não sou bem vindo na @pibara_ Parabéns pelo show de intolerância e preconceito", escreveu um usuário, reforçado por muitos outros que acusaram a mensagem da igreja batista como "criminosa".

Outros apoiaram a instituição e o líder da comunidade, o pastor Luciano Estevam. "Parabéns Pr. @lucianoestevamgomes! Sinto-me inspirado toda vez que vejo sua coragem em posicionar-se diante desse ativismo diabólico", comentou um religioso.

Em entrevista ao portal Pleno News, o pastor Luciano afirmou que não se preocupa com perseguição ou cancelamento. "A Igreja precisa denunciar o pecado. Não adianta cair nessa ladainha de que 'a igreja precisa pregar sobre o amor'. O amor do Senhor é um amor transformador. Ele não é um amor que se acomoda", declarou.

Sobre a frase no mural, o líder religioso explica que não é um ataque às pessoas: "Quando eu falo sobre ativismo LGBT, eu não estou falando nada sobre homossexualidade. Quem tem o mínimo de interpretação de texto vai ver isso na mensagem. E quem distorcer, acaba levando isso pro outro lado".

O pastor Luciano acredita que o posicionamento é uma forma de proteger as crianças. "Famílias, igreja e autoridades participando dos conselhos municipais, protestando contra as coisas que são contra a Bíblia. É importante a igreja promover seminários para discutir esses assuntos", opinou.

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