No começo de julho, o TikTok foi processado por resultar na morte de duas crianças, de 8 e 9 anos, por conta do "Blackout Challenge", um desafio que consistia em se sufocar até desmaiar.
O caso ocorreu nos Estados Unidos e os pais das crianças deram início ao processo ao alegar que o TikTok sabia ou deveria saber dos riscos que o desafio poderia causar, e que os algoritmos não deveriam recomendar conteúdos nocivos para as crianças.
As consequências dos algoritmos não são de hoje. Mas, os pais alertaram para as recomendações que o TikTok faz na página "Para Você", que se baseiam em diversos filtros.
“O TikTok precisa ser responsabilizado por enviar conteúdo mortal para essas duas meninas”, disse o advogado Matthew P. Bergman, de acordo com o The New York Times.
De acordo com o Yahoo News, o caso das duas crianças não foram os únicos, com registros de mais 7 crianças com menos de 15 anos participando do desafio e resultando em óbitos em 2021.
O que é o "Blackout Challenge"?
Quando traduzido literalmente, o "Blackout Challenge" significa o desafio do apagão, que consiste na perda da consciência ao se enforcar, ou seja, forçar o desmaio.
Esse desafio não começou necessariamente no TikTok, tendo em vista outros relatos do 'Chocking Game', entre 1995 e 2007, além do 'Jogo da Asfixia', no Brasil, com casos registrados em 2016 e 2017.
Organização cristã fala sobre o desafio do TikTok
De acordo com a Folha Gospel, o editor sênior Paul Asay, da organização cristã Focus on the Family’s, alertou para os pais o acompanhamento das crianças nas mídias sociais.
"Quando seus filhos começarem a se envolver com as mídias sociais, certifique-se de se envolver com eles: defina parâmetros sensatos sobre quanto tempo eles passam nas mídias sociais e com quem eles passam".
Paul Asay ainda completa, de acordo com a fonte anteriormente citada.
"Fale com eles sobre seus perigos. E acima de tudo, mantenha as linhas de comunicação abertas. A mídia social é de fato um grande e poderoso influenciador, mas mães e pais são ainda mais influentes".
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