Tragédia

Saiba quem é o pastor que foi torturado e assassinado com pés amarrados

Carlos Alberto Dias, de 55 anos, foi torturado e assassinado

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 02/08/2022 às 11:14 | Atualizado em 02/08/2022 às 11:19
Reprodução/Portal Tribuna Online
A vítima era pastor e dono de uma funerária - FOTO: Reprodução/Portal Tribuna Online

Carlos Alberto Dias, de 55 anos, que foi torturado e assassinado na última sexta-feira (29), em Marechal Floriano, (ES), era pastor, músico, dono de uma funerária e ensinava jovens da igreja a tocar instrumentos musicais. Carlos já atuou na Igreja do Evangelho Quadrangular da cidade

O corpo dele foi encontrado com sinais de violência, após ser transportado dentro de um caixão. Em entrevista à TV Gazeta, o pastor José Evangelista, da igreja onde a vítima atuava, demonstrou espanto com a notícia da morte do colega.

Reprodução/Portal Tribuna Online
A vítima era pastor e dono de uma funerária - Reprodução/Portal Tribuna Online

 

“Não tenho nem ideia porque aconteceu uma situação dessa, mas Carlos Alberto era um homem que todas as pessoas tinham prazer em conversar com ele, pela sua educação, a maneira dele de tratar. E, como pastor, um excelente homem de Deus, e um músico da nossa igreja que vai deixar uma falta muito grande no nosso ministério pelo trabalho que ele exercia na música em nossa igreja”, afirmou à TV Gazeta.

Já o dono do imóvel onde a funerária funciona relatou que Carlos Alberto era conhecido na comunidade e muito querido. “As pessoas gostavam demais dele. Ele tinha facilidade em fazer muitas amizades. A cidade é pequena, muita gente conhecia ele aqui em Marechal."

“Ontem, pelo que eu reparei no comportamento dele, ele parece que deixou a funerária preparada, porque ele ia sair para fazer um serviço e, quando ele sai esportivamente, socialmente, saía com roupa do dia a dia, então como ele saiu com a roupa da funerária, então ele saiu como se estivesse indo prestar um serviço", explicou.

A mulher do pastor esteve no local. Ela ficou muito abalada com o crime. Policiais civis a levaram para prestar depoimento na delegacia de Marechal Floriano.

PERÍCIA

Próximo ao corpo, a polícia também encontrou um dos veículos usados, na funerária de Carlos, para fazer o transporte de cadáveres.

A perícia da Polícia Civil foi acionada e, ao chegar no local, constatou que o carro e um caixão foram usados, inclusive, para transportar o corpo dele.

O major Einei Balbino de Souza, que é comandante da 6º Cia Independente da Polícia Militar, falou que foram moradores que ligaram para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) informando que o corpo de um homem havia sido encontrado na rua.

INVESTIGAÇÃO

O delegado da Delegacia de Polícia de Domingos Martins, Luciano Carlos Paulino de Oliveira, informou que as investigações do assassinato começaram e que detalhes sobre a investigação serão informados em breve.

O automóvel foi recolhido e corpo levado para o IML de Cachoeiro de Itapemirim. Nenhum suspeito foi preso até o momento.

CORPO RETIRADO POR FUNERÁRIA

A Polícia Civil informou também que, após os trabalhos periciais, o corpo da vítima foi recolhido por uma funerária e encaminhado ao Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.

"Em algumas regiões do Estado, como a região Serrana, eventualmente, é a funerária que apoia o transporte de cadáver. No próximo mês, há previsão de todo o recolhimento e transporte cadáver ser efetivado na Região Serrana, com a vinda de uma equipe de auxiliares de perícia para compor o plantão de recolhimento de cadáver em Venda Nova do Imigrante", destacou a corporação.

O CASO

Um homem identificado como Carlos Alberto Dias, de 55 anos, dono de uma funerária em Marechal Floriano, na Região Serrana do Espírito Santo, e pastor, foi encontrado sem vida e com sinais de violência, na manhã da sexta-feira (29).

O registro da ocorrência descreve que o corpo foi deixado na entrada de uma garagem e apresentava sinais de crueldade. Havia três fitas plásticas apertando o pescoço da vítima e uma quarta amarrando os pés.

No local ainda foi encontrado o veículo da funerária de Carlos Alberto Dias. A área foi isolada até a chegada da perícia da Polícia Civil, que constatou que o corpo foi transportado dentro de um caixão que estava no veículo da funerária e deixado no local, para ficar à vista de quem passava pela rua.

 

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