SAÚDE

Ato em solidariedade para pessoas com Aids é realizado no Recife

De 1983 até outubro de 2018 já foram confirmados 26.657 mil casos confirmados

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 18/05/2019 às 16:46
Arquivo/Agência Brasil
FOTO: Arquivo/Agência Brasil

Os primeiros casos de Aids oficialmente notificados em Pernambuco, foi confirmado em 1983. De lá, até primeiro de outubro de 2018, foram confirmados 26.657 mil casos de Aids no estado. Deste total, 17.339 mil foram no público masculino e 9.318 mil no feminino.

Atualmente, a incidência de notificações e casos voltou a crescer. A cada quatro horas uma pessoa é diagnosticada como HIV positiva em Pernambuco. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, de 2014 para cá, já são 9.818 mil casos.

Apesar de não ser algo novo, os soropositivos ainda sofrem com o acesso ao atendimento necessário para o tratamento. Por isso, nesta sexta-feira (17), o 14º a Luz de Velas, uma mobilização mundial em solidariedade às pessoas afetadas pelas Aids, foi realizado no Recife, com o tema intensificando a luta pela saúde e pelos direitos. O ato aconteceu em frente à sede da Previdência Social (INSS), na Boa Vista. Promovido pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção (GTP) Posithivo, o ato denunciou a desaposentação das pessoas soropositivas.

Iniciada em 2016 no governo Temer, a medida estaria prejudicando várias pessoas, como explica o coordenador geral do GTP Posithivo, Wladimir Reis. “A desaposentação para as pessoas com HIV que são aposentadas por invalidez estão sendo chamadas pela Previdência Social e na hora da perícia muitas vezes o perito nem olhas as pessoas nem o documento. No caso das pessoas com HIV pede para voltar para casa e recebe da previdência avisando que o benefício de será cortado”, afirmou.

Confira os detalhes na matéria de Alexandra Torres:

Segundo Wladimir Reis, o benefício auxilia os soropositivos na sua sobrevivência. “Esse recurso possibilita o transporte para ela ir ao hospital, os atendimentos nos serviços de saúde, uma qualidade melhor de vida e dar uma condição de alimentação minimamente saudável. Se tirarmos isso dela, como que fica?”, indagou o coordenador.

O GTP Positivo reivindica que a perícia não seja feita apenas pelo INSS e sim por uma equipe multidisciplinar.