morte

Quis implantar próteses de seios para ser mais feliz, diz amiga de mulher trans morta em clínica que pegava fogo

A mulher trans pernambucana foi deixada sozinha dentro do bloco cirúrgico. Ela inalou muita fumaça e morreu

TV Jornal
TV Jornal
Publicado em 22/02/2021 às 21:20 | Atualizado em 27/10/2022 às 11:23
Reprodução/Instagram
FOTO: Reprodução/Instagram

A mulher trans Lorena Muniz teve a vida interrompida, no domingo (21), após a clínica onde estava colocando próteses nos seios, em São Paulo, pegar fogo.

A cabeleireira, de 25 anos, fazia questão de demonstrar o talento com cabelo e maquiagem nas redes sociais. A pernambucana era dona de um salão no bairro do Fragoso, em Olinda.

De acordo com a amiga dela, a mulher trans fez a cirurgia para realizar um sonho e ser mais feliz.

"Como eu fui a pessoa que ela pediu muita indicação sobre o que é hormônio, sobre como ficar feminina [...] Queria um dia ter seio e ser uma mulher" revelou Renata Alves, amiga de Lorena.

Investigação da morte de mulher trans

De acordo com as informações apuradas pela produção da TV Jornal, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde de São Paulo informou que a unidade tinha licença para atividade médica ambulatorial com recursos apenas para cirurgias de pequeno porte, com anestesia local.

A clínica não tinha permissão, nem mesmo para interções. A unidade de vigilância em saúde da também disse que vai avaliar o caso para tomar providências.

O especialista Rafael Anlicoara indica cuidados ao escolher estabelecimentos para realizar procedimentos cirúrgicos estéticos.

"Tem que verificar se a clínica tem UTI, se tem médico de plantão e sala de recuperação pós-cirúrgica, além de ir à consulta com o cirurgião já sabendo o que vai perguntar, que material vai ser utilizado e quais técnicas vão ser feitas", explicou.

O que diz a clínica sobre morte de mulher trans

O advogado da clínica, em entrevista ao SBT, contou que o curto circuito foi provocado por uma explosão enquanto a companhia energética do estado realizava uma manutenção na rua.

Entretanto, o advogado não soube explicar porque a paciente foi deixada sozinha dentro da clínica.

Em nota, a companhia energética negou que tenha realizado algum serviço na área no dia do incidente.