CORONAVÍRUS

Covid-19: Grávida de 42 anos é primeira vítima fatal da variante Delta no Brasil

A variante Delta foi identificada pela primeira vez na Índia

TV Jornal
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Publicado em 27/06/2021 às 18:13 | Atualizado em 15/05/2022 às 14:34
Miva Filho/SES
FOTO: Miva Filho/SES

Com informações da Agência Brasil.

A primeira paciente a morrer no Brasil diagnosticada com a variante Delta do novo coronavírus foi uma mulher grávida. O óbito foi confirmado pelo Ministério da Saúde neste domingo (27).

A vítima tinha vindo do Japão para Apuracana, no norte do Paraná, onde morreu em 18 de abril.

Segundo o ministério, a gestante teve resultado negativo para covid-19 no teste de RT-PCR antes de embarcar para o Brasil. No entanto, a vítima começou a apresentar problemas respiratórios em 7 de abril, dois dias depois de chegar ao país.

A paciente refez o teste, com resultado positivo. 

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Oito dias após a confirmação do diagnóstico, em 15 de abril, a gestante foi internada. Logo depois de passar por uma cesariana de emergência em 18 de abril, por causa do agravamento do estado de saúde, a mulher morreu.

Nascido com 28 semanas de gestação, o bebê fez o teste para a doença, com resultado negativo.

Transmissão comunitária

A paciente morta está na origem do primeiro caso de transmissão comunitária no Paraná da variante Delta, identificada inicialmente na Índia. Uma idosa de 71 anos foi infectada pela filha, que era amiga da gestante e tinha ido visitá-la.

A idosa já teve alta. Como a filha, que teve contato com a gestante, só fez o teste de antígeno, não foi possível traçar o sequenciamento genético do vírus.

Sobre a variante Delta

A cepa B.1.617.2, oficialmente conhecida como variante Delta, foi detectada pela primeira vez na Índia em fevereiro. Atualmente, se tornou global. Para os especialistas, a cepa desencadeou a enorme onda de infecções observada em toda o país nos últimos dois meses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) designou B.1.617 e suas sublinhas, incluindo B.1.617.2, como "variantes de preocupação" em 10 de maio. Essa classificação significa que uma variante pode ser mais transmissível ou causar doenças mais graves, não responder ao tratamento, evitam a resposta imune ou deixam de ser diagnosticados por testes padrão.

A variante Delta foi a quarta a ser declarada uma "variante de preocupação" pela OMS; os outros são B.1.1.7, que foi visto pela primeira vez no Reino Unido e agora é conhecido como a variante Alpha; B.1.351, ou Beta, detectado pela primeira vez na África do Sul; e P.1, primeiro encontrado no Brasil e agora denominado Gamma.

Os especialistas acreditam que a cepa Delta é provavelmente mais transmissível e, segundo a Public Health England (PHE), as primeiras evidências sugerem que ela pode causar um risco aumentado de hospitalização em comparação com a cepa Alpha.