IMUNIZAÇÃO

ASTRAZENECA: Quais as reações e os possíveis efeitos colaterais para os que tomaram a vacina contra covid-19?

A vacina AstraZeneca contra a covid-19 começou a ser aplicada no Brasil em janeiro de 2021 e é o imunizante mais utilizado contra a doença no país

TV Jornal
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Publicado em 13/07/2021 às 17:11 | Atualizado em 19/07/2022 às 12:10
Tânia Rêgo/Agência Brasil
FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil a vacina AstraZeneca é a mais aplicada na população desde o início da campanha de vacina contra covid-19.

No entanto, o imunizante produzid pela Fiocruz tem sido alvo de queixas das pessoas imunizantes por conta das reações adversas.

Quais são os efeitos colaterais mais comuns da vacina da AstraZeneca e quanto tempo duram?

A vacina AstraZeneca contra a covid-19 estimula as defesas naturais do corpo (sistema imune). Isso faz com que o corpo produza sua própria proteção (anticorpos) contra o vírus Sars-CoV-2, causador da doença.

No entanto, nenhum dos ingredientes dessa vacina pode causar a covid-19, revela a bula do imunizante.

Os dados apresentados nos estudos clínicos de fase 3 da vacina mostram que os efeitos colaterais normalmente aparecem em um período de até dois dias após a vacinação.

Os efeitos colaterais que ocorreram durante os estudos clínicos com a vacina covid-19 (recombinante) foram:

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Muito comum (pode afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)

  • Sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematoma (manchas roxas) onde a injeção é
  • administrada
  • Sensação de indisposição de forma geral
  • Sensação de cansaço (fadiga)
  • Calafrio ou sensação febril
  • Dor de cabeça
  • Enjoos (náusea)
  • Dor nas articulação ou dor muscular

Comum (pode afetar até 1 em cada 10 pessoas)

  • Inchaço, vermelhidão ou um caroço no local da injeção
  • Febre
  • Enjoos (vômitos) ou diarreia
  • Sintomas semelhantes aos de um resfriado como febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza (nariz escorrendo), tosse e calafrios.

Incomum (pode afetar até 1 em cada 100 pessoas)

  • Sonolência ou sensação de tontura
  • Diminuição do apetite
  • Dor abdominal
  • Linfonodos (ínguas) aumentados
  • Sudorese excessiva, coceira na pele ou erupção na pele

Muito raro

  • Coágulos sanguíneos importantes em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue (trombocitopenia) foram observados com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados.

O que fazer se tiver reação à vacina AstraZeneca?

O médico Eduardo Jorge, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19, orienta que quem sentir os sintomas "pode tomar algum remédio para febre ou parar dor, como paracetamol ou dipirona”.

Em caso de reações adversas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza um canal para notificação dos eventos. Basta clicar aqui para acessar

A Fiocruz orienta que se o paciente identificar qualquer efeito colateral não mencionado na bula da vacina, é importante informar ao profissional de saúde.

Por que é importante tomar a segunda dose da vacina contra covid-19?

De acordo com a Fiocruz, a segunda dose do imunizante pode ser administrada em um intervalo de quatro a 12 semanas (entre 30 e 90 dias) após a primeira dose.

Recentemente, alguns estados e municípios anunciaram a antecipação da dose de reforço para 60 dias. Antes o intervalo era de 90 dias. A mudança não compromete a eficácia da vacina.

O medo das reações adversas pode afastar aqueles que já tomaram a primeira dose. Em entrevista ao Consultório do Rádio Livre, nesta segunda-feira (12), o doutor em biotecnologia Marx Lima é direto ao apontar que só uma dose da AstraZeneca não é suficiente para proteger contra a covid-19.

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"A resposta direta é não. A pessoa que tomou só uma dose da vacina não está completamente imunizada, a não ser que a vacina seja de dose única, como é o caso da Janssen", disse.

"Para a AstraZeneca (...) o esquema vacinal só é completado com a segunda dose", explicou.

"Agora temos um outro problema que é a variante Delta. Com uma dose, nenhuma vacina é eficiente contra ela. Precisamos da segunda dose para poder lutar contra essa variante", completou.

Ouça o programa completo: