Um menino refugiado do Afeganistão de apenas 5 anos morreu após cair da janela de um hotel na Inglaterra onde estava hospedado com a família.
A notícia foi dada pela polícia do Reino Unido, nesta quinta-feira (19).
De acordo com o portal G1, o incidente ocorreu na quarta-feira (18), em uma hospedagem da cidade de Sheffield, no norte da Inglaterra.
Segundo a BBC, o menino caiu do nono andar do hotel, que era destinado a receber afegãos que colaboraram com o Reino Unido durante a guerra do Afeganistão. Ele, os pais e quatro irmãos teriam chegado no Reino Unido há 15 dias.
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A mãe do menino teria dito a um intérprete que ele estava olhando pela janela antes de cair, conforme reportou o jornal "The Sun".
A polícia local ainda investiga as circunstâncias da queda.
Ocupação do Talibã no Afeganistão
Depois de 20 anos de ocupação no Afeganistão, os Estados Unidos estão deixando o país. Mas antes mesmo da operação de retirada ser concluída, os talibãs já assumiram o controle da capital, Cabul.
A volta ao poder do Talibã foi consolidada no domingo (15): o presidente afegão Ashraf Ghani deixou o país e o controle do palácio presidencial foi assumido pelos rebeldes. Tudo ocorreu sem que houvesse resistências.
Diante do cenário, os EUA precisaram acelerar a conclusão do processo de saída do país, em curso desde o ano passado: uma megaoperação para tirar às pressas diplomatas e cidadãos norte-americanos foi montada pelas tropas norte-americanas, que ainda controlam o aeroporto.
No entanto, imagens que ganharam repercussão internacional mostraram um caos no local, com milhares de civis desesperados para deixar o país se aglomerando junto aos aviões.
O Talibã se tornou conhecido como um grupo religioso fundamentalista na primeira metade da década de 1990 e foi organizado por rebeldes que haviam recebido apoio dos Estados Unidos e do Paquistão para combater a presença soviética no Afeganistão, que durou de 1979 a 1989, em meio à Guerra Fria.
A chegada ao poder se consolida em 1996, com a tomada de Cabul.
Uma vez no controle do governo, o Talibã promoveu execuções de adversários e aplicou sua interpretação da Sharia, a lei islâmica. Um violento sistema judicial foi implantado: pessoas acusadas de adultério podiam ser condenadas à morte e suspeitos de roubo sofriam punições físicas e até mesmo mutilações.
O uso de barba se tornou obrigatório para os homens e as mulheres não poderiam ser vistas publicamente desacompanhadas dos maridos. Além disso, elas precisavam vestir a burca, cobrindo todo o corpo. Televisão, música e cinema foram proibidos e as meninas não podiam frequentar a escola.
Nos primeiros discursos, os talibãs têm buscado se apresentar mais moderados. Nessa terça-feira (17), um canal de televisão estatal do Afeganistão levou ao ar o pronunciamento de um porta-voz do grupo.
Enamullah Samangani garantiu uma anistia geral para todos e disse que a população deveria regressar à normalidade com confiança. Zabihullah Mujahid, um outro representante do grupo, concedeu uma coletiva à imprensa onde reafirmou que não haverá vingança com quem trabalhou para o antigo governo ou para forças estrangeiras.
Ele também disse que as mulheres poderão trabalhar e devem participar da estrutura de governo.
Apesar dos acenos, pesquisadores manifestam ceticismo com uma moderação.
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