Em entrevista ao UOL News, a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, explicou nesta quarta-feira (25) que a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 será "preferencialmente" com o imunizante da Pfizer, mas também poderá ser feita com outra vacina de vetor viral, como da Janssen e da AstraZeneca.
"Como o coronavírus tem nos ensinado, são os trabalhos que têm mostrado, tem se mostrado que a efetividade não que nós não possamos usar a CoronaVac, sabemos que tem um país que está utilizando [como terceira dose], mas como essa população já tem a sua imunossenescência, seu sistema imunológico já tem uma certa deficiência, então, os estudos mostram que é melhor usar o esquema ou com a Pfizer ou com uma [vacina] de vetor viral", esclareceu Rosana.
3º dose
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um anúncio sobre a 3º dose da vacina contra a covid-19. Segundo a Folha de S. Paulo, o reforço acontece ainda neste ano e será para um grupo específico da população brasileira.
"Em função sobretudo da Delta e da necessidade de aumentar a proteção da população, estávamos tratando de reforço de dose", afirmou.
Em Brasília, o chefe da pasta explicou que a data foi escolhida por esperar que, até lá, todos os brasileiros a partir de 18 anos tenham sido vacinados com, pelo menos, uma dose do imunizante.
A terceira dose da vacina contra a covid-19 começará a ser aplicada em 15 de setembro. O reforço será feito em idosos e imunossuprimidos. Os imunossuprimidos que tomaram a segunda dose há 21 dias podem tomar o reforço a partir de setembro.
Já os idosos devem ter sido vacinados com a segunda dose da vacina há mais de seis meses. Os primeiros a serem contemplados serão os que têm mais de 80 anos. O imunizante utilizado para a terceira dose será o da Pfizer.
Balanço
Até essa terça-feira (24), 59,19% da população brasileira havia recebido a primeira dose da proteção contra o novo coronavírus, e 26,83% estavam totalmente imunizados, ou seja, com as duas doses ou a dose única.