REFORÇO

Pernambuco: Começa em 15 de setembro a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19; veja quem receberá o imunizante

Idosos com 70 anos ou mais e pessoas com deficiência grave de imunidade, como portadores de câncer, ou HIV, por exemplo, serão os primeiros contemplados pelo reforço

Fabiani Vieira Assunção
Fabiani Vieira Assunção
Publicado em 26/08/2021 às 19:38 | Atualizado em 05/04/2022 às 18:42
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O Governo do Estado anunciou, nesta quinta-feira (26), que começa em 15 de setembro a aplicação em Pernambuco da dose de reforço da vacina contra covid-19.

A dose extra será aplicada inicialmente em pessoas com grave deficiência de imunidade (os chamados imunodeprimidos), como portadores de câncer ou HIV, por exemplo, e também em idosos com idade a partir de 70 anos.

Essa imunização deve ser feita, prioritariamente, com a vacina da Pfizer, mesmo que a pessoa tenha tomado, nas doses anteriores, uma vacina de outra marca. Mas, se necessário, também poderá ser usada a vacina da Janssen ou da AstraZeneca.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que as pessoas com deficiência de imunidade recebam o reforço da terceira dose a partir do 28º dia após a segunda dose. Já os idosos devem receber a terceira dose seis meses após a segunda dose.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, frisou que o Ministério da Saúde enviará insumos específicos para essa estratégia e que a ação é paralela à vacinação de primeira e segunda doses.

Reforço necessário

O objetivo dessa dose de reforço é ampliar a resposta imune do organismo no público considerado mais suscetível à doença, evitando a morbimortalidade.

De acordo com o Ministério, a proteção dada pela vacina pode decair ao longo dos meses, sendo necessário ampliar essa resposta imune.

O órgão federal ainda frisa que os imunodeprimidos normalmente apresentam resposta reduzida às diferentes vacinas disponíveis no calendário vacinal brasileiro, havendo, inclusive, esquemas de vacinação adaptados para esse público.

"Com o avanço da vacinação nos maiores de 18 anos e a inclusão dos adolescentes de 12 a 17 anos, estamos agora em um momento epidemiológico que é importante avançar em outras medidas para que a comunidade brasileira seja realmente imunizada e protegida de forma adequada. Foi observado que para os idosos acima de 70 anos e os imunocomprometidos graves, eles apresentam uma redução na proteção pós-vacina com o passar do tempo. Isso acontece independentemente da vacina administrada."

>>Vacinação contra a covid-19: Vai ter terceira dose da Coronavac? Quem pode tomar? Quando? Tire suas dúvidas

Variante Delta

"Com o avançar da variante Delta no Brasil, há a preocupação de garantir que esses grupos mais vulneráveis recebam uma dose de reforço para complementar seu esquema vacinal", disse o pediatra Eduardo Fonseca, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e membro do Comitê Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19.

"Acreditamos que, com a continuidade do esquema em toda a população acima de 18 anos, garantindo a segunda dose para todos, garantindo a extensão dos adolescentes, essa outra orientação irá somar e, assim, será um caminho para controlar a pandemia", reforçou.

A superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo, lembrou que, além desse reforço, ainda é preciso continuar chamando a atenção para a finalização dos esquemas com duas doses.

"A gente está preocupado com essa dose de reforço, mas precisamos nos preocupar também com a segunda dose. Atualmente, são mais de 400 mil pessoas com a finalização do esquema vacinal em atraso, de acordo com sistema de informação do Ministério da Saúde. Os municípios precisam ficar atentos a isso, para que possamos chegar às metas estabelecidas em cada grupo prioritário e também na população em geral. Os gestores precisam fazer busca ativa, ir até onde as pessoas estão, para evitarmos bolsões suscetíveis à doença", ratificou.

Intervalo menor

O Ministério da Saúde também informou que, a partir de setembro, reduzirá o intervalo entre a primeira e segunda dose das vacinas da Pfizer e Astrazeneca para a partir de oito semanas (60 dias), ao invés de 12 semanas (90 dias).

O Estado já havia pactuado a possibilidade da segunda dose da Astrazeneca ser feita a partir de 60 dias a depender de estoque de dose 2 nos municípios.

Essas estratégias foram lançadas a partir da decisão conjunta entre Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 do MS e os Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).