A 27ª edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas tem como tema "Vida em Primeiro Lugar". No Recife, os manifestantes protestam em defesa da democracia e pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro. O grupo se reuniu na Praça do Derby, na área central do Recife, nesta terça-feira (7), e saiu em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista.
Os organizadores pediram para que as pessoas andem em fila durante a passeata, usem máscara com alta proteção
contra a covid-19, usem álcool 70 ou em gel e pratiquem o distanciamento social para evitar a contaminação pelo coronavírus.
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Concentração
A concentração do ato começou cedo. Alguns chegaram às 7h. Com músicas de Geraldo Vandré, Gonzaguinha e a voz de Alceu Valença, populares e participantes dos movimentos sociais se reuniram vestindo camisas vermelhas, alguns com bandeiras do Brasil, além de vários cartazes pedindo a saída de Bolsonaro.
“O grito nunca foi tão necessário. A vida se tornou pior nos últimos dois anos e o Brasil tem que ser mais inclusivo. E, este ano, estamos dizendo também que queremos a democracia”, afirmou um diretor estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Ubiratan, em entrevista ao JC.
Sobre o Grito dos Excluídos e das Excluídas
O Grito dos Excluídos e das Excluídas é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e conta com a colaboração das pastorais sociais da Igreja Católica, organizações civis e movimentos sociais. A CUT é uma da apoiadoras da iniciativa. Além deles, também participam do protesto os movimentos de luta de mulheres, de negros, sem teto, sem terra, sindicatos, partidos ligados à esquerda e o Fora Bolsonaro.
De acordo com uma nota emitida pela organização nacional do ato, também está na pauta do evento “as quase 580 mil mortes pela covid-19; o desmonte da saúde pública (SUS); o desemprego; A não demarcação das terras indígenas e o grito profético dos povos indígenas dizendo ‘Não ao Marco temporal’”; entre outros pontos.