A distribuição de quentinhas para pessoas em situação de rua foi a forma encontrada por integrantes do movimento Meu Recife para protestar contra o auxílio-alimentação pago aos 39 vereadores do Recife. O protesto aconteceu na manhã testa terça-feira (9), na câmara dos Vereadores do Recife, na área central da cidade.
O assunto vem gerando polêmica desde a última semana quando os parlamentares aprovaram um reajuste no valor do benefício que saltou de R$ 3.095,00 para R$ 4.599,00. Diante da repercussão negativa, os vereadores decidiram, um dia depois, revogar o plus que havia sido aprovado. Mesmo o assim, os R$ 3.095,00 que os parlamentares recebem continuam provocando indignação de integrantes de movimentos sociais. Só para se ter uma ideia, com o valor os vereadores podem diariamente custear almoços de R$ 140,00, considerando que um mês tem em média 22 dias úteis.
Durante a manhã, os manifestantes visitaram os gabinetes entregando propostas encaminhadas pela população sobre outras formas de utilização do recurso. Distribuição de cestas básicas, pagamento de auxílio para estudantes do Instituto Federal de Pernambuco e ampliação da distribuição da vacina contra a Febre Amarela estão entre as propostas.
“Entregamos uma carta solicitando que os vereadores renunciem formalmente ao auxílio-alimentação que tem um valor absurdo. Também queríamos convidá-los para nos ajudar na distribuição das quentinhas, mas apesar de termos avisado que faríamos a visita, nenhum parlamentar estava no gabinete para nos receber”, lamentou Isabel Albuquerque uma das idealizadoras do protesto.
Os manifestantes fizeram uma cota que arrecadou cerca de R$ 1.000,00 e com o valor preparou 100 quentinhas. A ideia era mostrar a realidade da maioria dos trabalhadores que almoçam nos arredores da Câmara dos Vereadores, pagando R$ 10,00, exatamente o custo das quentinhas.
“Esse valor é inaceitável. O custo da merenda escolar de cada criança na rede municipal é de R$ 3,88. Dá para imaginar a diferença? Tem alguns parlamentares dizendo que o valor do auxílio-alimentação é dividido com os assessores. Mas sabemos que esses trabalhadores já recebem formalmente esse benefício”, contestou Carla Falcão que organizou a produção das quentinhas.
Por volta de 12h30, uma pequena fila de moradores de rua começou a se formar, mesmo na chuva, para receber as refeições. Os manifestantes pediram para fazer a distribuição nas dependências da Casa José Mariano para evitar a chuva mas foram informados de que não era autorizada a entrada de comida no ambiente.
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