A Defensoria Pública de Pernambuco apresentou um balanço do mutirão realizado no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, para agilizar processos e concessão de benefícios aos detentos. A conclusão dos trabalhos é de que o estado precisa de pelo menos cem defensores para atender a população carcerária. Trinta deles para atuar exclusivamente nas prisões de Pernambuco.

Dos 7 mil presos do Complexo do Curado, 5,2 mil solicitaram atendimento aos defensores públicos que participaram do mutirão. Ao todo, 48 profissionais de todo o país, trabalharam por 15 dias nos processos de todas as unidades do Presídio. Durante o processo, 80 presos foram liberados, 15 conseguiram livramento condicional, 31 conseguiram progressão de regime, oito foram transferidos e 1,2 mil habeas corpus foram encaminhados à justiça.

Mas o que mais chamou atenção, foi a burocracia administrativa nos presídios, já que dez alvarás já haviam sido expedidos há mais de um ano e os presos continuavam detidos. A defensoria ainda alertou da necessidade de mais profissionais. Atualmente, Pernambuco tem apenas oito defensores para atender 3,2 mil presos.