O cirurgião Cláudio Amaro Gomes foi ouvido, na tarde desta segunda-feira (24), pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). O processo ocorre de forma sigilosa e apura denúncias de que durante o exercício profissional ele teria praticado pelo menos quatro irregularidades, como: exagerar na gravidade dos diagnósticos, estabelecer concorrência com outros colegas, usar cargo de chefia para impedir que subordinados atuassem de forma ética e por obter vantagem ao comercializar medicamentos.
As denúncias vieram à tona depois que Cláudio Amaro foi apontado como mandante do assassinato do também cirurgião torácico, Artur Eugênio Azevedo, crime que aconteceu em maio de 2014. O corpo da vítima foi encontrado às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, com marcas de tiros. Claudio Amaro Gomes e o filho dele foram presos três meses depois juntos com outros três homens.
A viúva de Artur Eugênio, a médica Carla Azevedo, foi ouvida pouco antes de Claudio Amaro, na sede do Cremepe, e segundo o advogado da família, teria dado informações importantes, com base nos relatos do marido. Teria sido justamente por discordar e denunciar possíveis esquemas praticados pelo cirurgião que Artur Eugênio teria sido assassinado.
Ao deixar a audiência acompanhado dos agentes penitenciários e do advogado, o médico Cláudio Amaro se declarou tranquilo em relação às acusações que responde, tanto na investigação administrativa quanto no processo criminal. “Tudo isso é um grande mal entendido, na realidade. Eu acho que esse processo administrativo não deveria nem ter existido […] Aqui eu tive a oportunidade de esclarecer tudo. Inocente eu sempre fui, em tudo que me envolveram”, concluiu.
Notícias da Manhã PE
Por Leandro OliveiraUm telejornal que traz para as primeiras horas do dia tudo o que acontece nas diversas regiões do Estado, com matérias ao vivo e prestação de serviço.