Cremepe

Conselho de ética investiga conduta profissional de Cláudio Amaro Gomes

Exagerar no diagnóstico e usar o cargo de chefia para impedir atuação de subordinados são algumas das acusações

Site Da TV Jornal
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Publicado em 24/11/2015 às 9:50

-Reprodução/TV Jornal
O cirurgião Cláudio Amaro Gomes foi ouvido, na tarde desta segunda-feira (24), pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). O processo ocorre de forma sigilosa e apura denúncias de que durante o exercício profissional ele teria praticado pelo menos quatro irregularidades, como: exagerar na gravidade dos diagnósticos, estabelecer concorrência com outros colegas, usar cargo de chefia para impedir que subordinados atuassem de forma ética e por obter vantagem ao comercializar medicamentos.

As denúncias vieram à tona depois que Cláudio Amaro foi apontado como mandante do assassinato do também cirurgião torácico, Artur Eugênio Azevedo, crime que aconteceu em maio de 2014. O corpo da vítima foi encontrado às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, com marcas de tiros. Claudio Amaro Gomes e o filho dele foram presos três meses depois juntos com outros três homens.

A viúva de Artur Eugênio, a médica Carla Azevedo, foi ouvida pouco antes de Claudio Amaro, na sede do Cremepe, e segundo o advogado da família, teria dado informações importantes, com base nos relatos do marido. Teria sido justamente por discordar e denunciar possíveis esquemas praticados pelo cirurgião que Artur Eugênio teria sido assassinado.

Ao deixar a audiência acompanhado dos agentes penitenciários e do advogado, o médico Cláudio Amaro se declarou tranquilo em relação às acusações que responde, tanto na investigação administrativa quanto no processo criminal. “Tudo isso é um grande mal entendido, na realidade. Eu acho que esse processo administrativo não deveria nem ter existido […] Aqui eu tive a oportunidade de esclarecer tudo. Inocente eu sempre fui, em tudo que me envolveram”, concluiu.