O caso da advogada que foi atacada com ácido sulfúrico quando chegava em casa, na última terça-feira (13), no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, acendeu a preocupação sobre o risco do contato da substância com a pele. A vítima, de 35 anos, teve várias queimaduras pelo corpo e precisou ser internada.

De acordo com a professora de Departamento de Química da UFPE, Janaína Anjos, o ácido, que tem venda restrita, normalmente é usado para acelerar reações ou como fluido de baterias. "Quando o ácido foi jogado contra a advogada, a roupa atuou como um agente de absorção espalhando no corpo dela. Dependendo do tecido, pode ser totalmente diluído pelo ácido", afirmou.

Ainda segundo a professora, quando o ácido sulfúrico é misturado com água, o efeito pode ser ainda pior. "Quando ele entra em contato com a água, a gente já vai ter uma solução ácida que pode causar uma irritação mais forte do que a solução concentrada", comentou. Confira abaixo o teste que nossa equipe de reportagem realizou no laboratório:

Venda irregular

O ácido sulfúrico só pode ser vendido em lojas de produtos químicos e para comprar é preciso realizar um cadastro. Cada pessoa só pode adquiri até 2 litros por mês. Apesar disso, em vários sites na internet, o ácido sulfúrico pode ser encontrado facilmente, sem qualquer restrição.