Diante da morte de uma mulher infectada pelo vírus da raiva, especialistas alertam para os cuidados necessários afim de prevenir a contaminação. De acordo com a infectologista Ana Flávia Campos, a doença pode ser transmitida através de mordidas, arranhões e até lambidas de vários animais, não apenas de cães e gatos.

Ainda segundo a especialista, os sintomas demoram a aparecer e se assemelham aos da gripe. Cefaleia, dor de garganta e moleza e dor no corpo são alguns dos sintomas iniciais, lembra Ana Flávia, destacando que pode ocorrer alteração da sensibilidade no local da mordida. "Uns cinco ou sete dias depois, começam a aparecer os sintomas neurológicos, como rebaixamento do nível de consciência, delírios, distúrbios de comportamento, convulsões, agressividade e até coma", ressalta a infectologista.

Contaminação

Em caso de mordida ou arranhão, algumas medidas são necessárias antes da vacina antirrábica. "Você deve fazer a lavagem da área com sabão amarelo e observar o animal por 10 dias. Se ele morrer [neste período], mudar de comportamento ou você perder o contato com ele, é necessários que você procure o serviço de saúde para que seja avaliado e o procolo seja iniciado", destaca a diretora executiva de atenção à saúde do Recife, Eliane Germano.

No caso de um animal morrer com suspeita de raiva, é importante lembrar que o mesmo não deve ser jogado no lixo. "Entre em contato com a vigilância ambienta, para que ela recolha o animal e facha a análise da morte", completa a diretora executiva. A Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, e a Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, em Casa Amarela, oferecem vacina antirrábica.