A Vigilância Ambiental está intensificando o trabalho de combate à raiva, através do controle de morcegos, que, se contaminados, se tornam agentes transmissores da raiva. A ação tem objetivo minimizar os riscos de propagação da doença, que vitimou uma empresária de 36 anos na última quinta-feira (29), no Recife.

O primeiro ponto visitado pela equipe da Prefeitura do Recife foi o Campo do Barro, em Joana Bezerra, onde foi possível identificar ataques de morcegos em animais, como cavalo. No local, foram instalas armadilhas para capturar os mamíferos voadores. "Vamos capturar os morcegos para enviar ao laboratório e verificar a possibilidades deles estarem infectados", explica o gerente de Vigilância Ambiental Jurandir Almeida.

Dentro do trabalho de intensificação de combate a morcegos hematófagos, outros sete locais já cadastrados devem ser visitados pela equipe ainda nesta semana. "Esta é uma ação que já fazia parte da nossa rotina, mas não com a frequência e motivação que temos hoje", afirma o gerente.

Mutirão de vacina antirrábica

A Secretaria de Saúde do Recife realiza, até o dia 21 de julho, a vacinação antirrábica animal. A recomendação é que animais a partir de dois meses de idade, que ainda não tenham sido vacinados este ano contra a zoonose, sejam vacinados. No total, a população total de caninos e felinos no Recife é de 209.104 animais. A meta é vacinar pelo menos 80%.
Entenda o caso

Entenda o caso

As ações acontecem após a morte de Adriana Vicente da Silva, 36 anos, no último dia 29. A empresária deu entrada, em estado grave, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no bairro de Santo Amaro, no dia 26 de junho com sintomas a doença. O diagnóstico foi confirmado na manhã desta segunda-feira (3) pelo Centro de Vigilância Ambiental do Recife. Segundo relatos, a paciente foi mordida por um gato, que havia sido contaminado por um morcego, e não procurou o serviço público de saúde para realização da profilaxia.