Rosarinho

Delegado rebate tese de tiro acidental em morte de mulher: 'Pouco provável'

TV Jornal
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Publicado em 21/07/2017 às 8:45

-Reprodução/TV Jornal

O delegado Breno Maia, responsável pela investigação da morte de uma mulher dentro de um prédio no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife, se pronunciou sobre a tese levantada pela defesa do suspeito do crime, de que o disparo teria sido acidental. A alegação foi feita pela advogada do empresário Wilson Campos de Almeida Neto, 41 anos, que esteve na delegacia para negociar a apresentação do cliente.

De acordo com o delegado, em uma análise preliminar, é improvável que o disparo tenha sido "sem querer". "Pela cena do crime, pela lesão que a vítima apresentava... é pouco provável que o cliente dela (da advogada) estivesse manuseando a arma tão perto do rosto da vítima sem a intenção de efetuar o disparo", comentou o delegado.

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A secretária Gisely Kelly Tavares foi encontrada morta na quarta-feira (19) dentro do banheiro do apartamento do empresário. Testemunhas relataram à polícia que o casal chegou por volta das 2h após retornarem da comemoração de aniversário da vítima e, meia hora depois, o homem deixou o apartamento sozinho. A polícia tomou conhecimento do caso após uma ligação da prima do suspeito.

Defesa

A advogada Silvana Duarte, que defende o empresário, esteve, na manhã desta quinta-feira (20), na Delegacia do Espinheiro. De acordo com ela, o empresário está prestes à comparecer à delegacia e vai se apresentar espontaneamente.

"Ele narrou o fato, reconheceu o que houve... O que posso adiantar é que foi (um tiro) acidental", comentou Silvana Duarte, que completou: "Os dois estavam em harmonia e não houve discussão. Ele está em choque devido à proximidade... eles eram amigos e ela era o braço direito dele na empresa".

Ainda de acordo com a advogada, o revólver calibre 38, que teria matado Gisely Kelly, ainda não está com a polícia mas a arma está "à disposição da justiça, embalada e intacta".

Perícia

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram, na noite desta quarta-feira (19), no apartamento 404, onde a secretária Gisely Kelly Tavares foi encontrada morta no banheiro da suíte. Os peritos ficaram por cerca de duas horas e na saída comentaram sobre o cenário encontrado.

"Não há sinal de briga (no apartamento). A gente pediu para o IML fazer o exame residuográfico na mão da vítima para ser analisado em laboratório. A gente está fazendo todos os exames para excluir qualquer possibilidade de argumentação como acidente, suicídio e homicídio. Vamos esperar também encontrar a arma para fazer o exame balístico para concluir o caso junto com as investigações", explicou o perito Diego Costa.