Comércio

Trabalhadores informais lotam as ruas do Recife

TV Jornal
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Publicado em 13/03/2018 às 14:15

-Reprodução/TV Jornal

Mais de 12 milhões de brasileiros estão desempregados e, para sustentar as famílias, muitos optam pela informalidade. No Recife, é fácil encontrar a oferta dos mais variados serviços nos sinais de trânsito e nas ruas da cidade.

O banner no meio da calçada, em frente a um shopping na Avenida Conde da Boa Vista, oferece o serviço de designer de sobrancelhas. Shirlene, que está prestes a completar um ano trabalhando por conta própria, era era auxiliar administrativo em uma casa de recepções com salário de mais de R$ 2 mil. No entanto, com a chegada da crise, ela foi demitida e teve que se reinventar.

A história de Shirlene não é um caso isolado, apesar de o numero de desempregados ter caído de de pouco mais de 14 milhões em março de 2017 para cerca de 12 milhões em dezembro, o número de empregos formais não aumentou. Pelo contrário. Agora, o Brasil tem mais trabalhadores informais do que com carteira assinada.

Na mesma calçada que Shirlene trabalha, são inúmeros ambulantes vendendo capinha para celular, óculos escuros e até relógio. E eles são tantos que já estão ganhando um ar de formalidade. Os vendedores de pipocas da Avenida Agamenom Magalhães estão sendo cadastrados pela Secretaria de Defesa Social (SDS) para diminuir o medo de assaltos da população. O grupo está recebendo camisas e bonés padronizados com nome e número. O cadastro vale também para quem vende outros tipos de produtos ou alimentos. Nas ruas, a mudança foi elogiada tanto pelos ambulantes quanto pelos motoristas que circularam diariamente pela via.

Números

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País fechou o ano passado com 33 milhões e 320 mil empregados formais, quase um milhão a menos que o informais, que incluem tanto as pessoas que trabalham por conta própria quanto quem não tem respeitado os direitos trabalhistas. Em 2014, 36 milhões e 600 mil brasileiros tinham carteira assinada. De lá pra cá, foram fechadas 3 milhões e 300 mil vagas.