Com a decisão do Grande Recife Consórcio em reduzir a frota de ônibus em 8%, quem dependia do transporte público sofreu nessa quarta-feira (23). A medida foi aprovada devido à falta de abastecimento nos postos de gasolina do Recife, situação gerada pela greve dos caminhoneiros.

Ônibus lotados atendiam os passageiros, e nem sair mais cedo do trabalho, como no caso da supervisora Midian Bezerra, ajudou. “Já é difícil com a frota normal, agora com a notícia de que a frota foi reduzida, se torna ainda pior a situação de quem precisa do transporte”, explica.

No bairro do Derby, no centro do Recife, a situação era ainda mais complicada, principalmente entre os veículos do tipo BRT. A estudante de engenharia Larissa Iris, que pega o BRT todos os dias, precisou arranjar outra alternativa para se locomover. “Está uma situação precária. Eu precisei caminhar até a Avenida Agamenon para tentar conseguir pegar um ônibus, porque o BRT eu não consigo, já que ele está muito cheio”, comenta

Quem ainda preferiu transportes particulares encontrou barreiras. Muitos motoristas de táxi optaram por não rodar, já que a dificuldade de abastecimento era grande. “Alguns postos estão fechados, outros têm uma fila enorme”, comenta Marivaldo Veríssimo.

Previsão para esta quinta-feira

Devido à continuidade da greve dos caminhoneiros em todo o Brasil, o Grande Recife afirmou que nesta quinta-feira (24) haverá ainda mais a redução da frota de ônibus. Desta vez circularão 30% a menos de ônibus na Região Metropolitana do Recife.

A redução foi anunciada pelo Sindicado das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE). Eles afirmaram que deverá atuar no Recife a mesma quantidade de frota utilizada durante o fim de semana.

No Terminal Integrado Joana Bezerra, por exemplo, as linhas com maior atraso são Joana Bezerra/Boa Viagem, Joana Bezerra/Pelópidas e Joana Bezerra/Aeroporto.