O corpo da estudante Ranyéia Lima, de 30 anos, assassinada na Nicarágua, deve chegar em solo pernambucano às 00h30 desta sexta-feira (3). O crime aconteceu no dia 23 de julho, em Manágua, capital do país. A nação enfrenta um conflito político intenso entre populares, rebeldes e governo. Acredita-se que esta poderá ter sido a motivação do crime.

De acordo com o Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, o avião que fará o translado da jovem sairá da capital na quinta-feira (2), às 11h30 (horário de Brasília). O embalsamento e sepultamento de Raynéia foram arcados pelo governo pernambucano, no valor de R$ 16 mil.

Pedro Eurico ainda informou que a representação já foi enviada para a corte interamericana dos Direitos Humanos, através do Itamaraty. Quando chegar ao Brasil, o corpo seguirá para o Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

Investigação

O crime ainda permanece sem esclarecimentos mas, autoridades brasileiras continuam na busca por explicações. A garota foi assassinada a tiros por dois homens, dentro do carro do namorado, que fugiram imediatamente.

A cidade de Manágua passa por uma série de protestos que pedem a saída do presidente Daniel Ortega. De acordo com informações dos familiares e amigos, a pernambucana não participava de nenhuma manifestação política.

O governo local nega ter ligação com os grupos paramilitares que são acusados de serem os responsáveis pela maioria das mortes, apesar de eles usarem bandeiras do partido do presidente, a Frente Sandinista de Libertação Nacional.