O boato que circulou nas redes sociais e causou uma corrida aos postos de combustíveis nesse fim de semana já foi esclarecido. No entanto, as consequências da notícia falsa foram sentidas tanto por postos de combustíveis e por aqueles que passaram horas na fila para abastecer, quanto entre as revendedoras de gás de cozinha da Região Metropolitana do Recife.

De acordo com o comerciante Ricardo Sérgio Pimentel, as revendedoras sentiram os estoques baixarem. “Eu sou acostumado a vender 100 botijões de gás por dia. Quando chegou 11h/12h daquele dia do boato, o meu estoque acabou todo”, explicou. Segundo ele, o preço cobrado foi o mesmo de 15 dias atrás.

Fiscalização de postos

Durante toda a tarde dessa segunda-feira (3), o Procon-PE concentrou as investigações na Zona Norte do Recife e também em Olinda, na Região Metropolitana. Os fiscais estão exigindo dos postos de combustíveis os cupons ficais de vendas dos dias 31 de agosto, 1º e 2 de setembro, para saber se houve alteração nos preços da gasolina.

O posto que não apresentar o cupom será notificado pelo Procon e terá um prazo de 24h para apresentá-lo na sede do órgão. Caso isso não aconteça, será aberto um processo administrativo e o estabelecimento pode ser autuado por descumprimento da lei.

PetroMega

A rede de postos, responsável pela disseminação dos boatos sobre a falta de combustíveis na Região Metropolitana do Recife (RMR), a PetroMega, vai ser multada no valor estimado em R$ 1 milhão, segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, que esteve em entrevista coletiva na manhã dessa segunda-feira (3), no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife.

É importante ressaltar que o consumidor que, durante o fim de semana, abasteceu o carro com preço mais alto que o considerado normal, pode levar a nota fiscal ou comprovante de pagamento à Delegacia do Consumidor e formalizar a denúncia.