As obras deixadas pelo artista plástico pernambucano Abelardo da Hora estão com destino incerto. Quatro anos após a morte dele, ainda não se sabe o que vai acontecer com o patrimônio de arte deixado pelo profissional. A família afirma ainda que já recebeu propostas para que o acervo seja enviado para outros Estados e até para outros países.

Marcada pela denúncia social, suas obras falam um pouco sobre o combate da fome no Nordeste e até mesmo revelam algumas ações do período de Regime Militar em Pernambuco. O artista costumava afirmar ser um grande combatente do período. Confessou até ter sido preso mais de 70 vezes durante o regime ditatorial. Todas as suas obras estão guardadas dentro de um casarão, no sobrado amarelo, na Rua do Sossego, na área central do Recife.

No local, estão guardadas cerca de 300 peças, algumas finalizadas até o último dia de vida. O valor do patrimônio não foi indicado pela família, mas toda a casa é vigiada por câmeras de segurança e outros equipamentos de proteção para que as obras sejam preservadas. O destino das obras, no entanto, é um decisão que virá dos filhos de Abelardo, herdeiros de toda a arte do artista, mas eles afirmam não terem apoio do Governo.

Confira a reportagem:

Resposta

O Governo do Estado confirmou que tem tentado um acordo com a família para manter o acervo em Pernambuco e que vai aguardar o fim do período eleitoral e também que haja “complementação orçamentária” para que possa definir o que vai acontecer com as peças.