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Identidades: preconceito e estigma social marcam vida de transexuais

Conheça histórias de pessoas que não se identificam com o corpo que nasceram e saiba o que profissionais de saúde tem a dizer sobre a transexualidade

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FOTO: Reprodução/TV Jornal

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de classificar a transexualidade como doença no mês de junho de 2018, após a condição passar 28 anos sendo reconhecida como "doença mental", na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). O passo foi importante para auxiliar no combate ao preconceito e ao estigma social presente acerca do tema.

Apesar do avanço, muitas pessoas que se identificam transexuais continuam sofrendo com o preconceito até por parte da própria família. "Quando fui falar com o meu pai sobre a minha identidade, ele não compreendeu. Para ele, eu seria sempre uma menina. Ele chegou a desejar a minha morte e isso me doeu muito", relatou Gabriel Ventura, que desde a infância não se identifica com o corpo em que nasceu.

Para aqueles que realizam a cirurgia de redesignação sexual, a felicidade emociona, como é o caso da dona de casa Sam Andrade "Me sinto livre daquilo que me prendia, que me fazia triste. A felicidade que tive depois de tudo é muito grande", contou.

Confira

Referência

Segundo dados do Ministério da Saúde, foram realizadas, nos últimos 10 anos, 500 cirurgias de transgêneros no Brasil. Desde 2014, o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é referência no atendimento e cirurgia de redesignação sexual. O serviço oferece um acompanhamento permanente aos pacientes, com psicólogos e médicos trabalhando de forma integrada antes, durante e depois do procedimento cirúrgico. Atualmente, 292 pessoas estão sendo atendidas no HC e 38 cirurgias de mudança de sexo já foram realizadas na unidade.

Último episódio

A terceira e última reportagem da série vai ao ar nesta sexta-feira (17) e tratará sobre direitos, conquistas e as novas constituições familiares.