Jogos Online

OMS classifica vício em jogos como distúrbio mental

Em relatório divulgado no último sábado (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou que o vício em games é classificado como doença

Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

O levantamento mais recente da Pesquisa Gamer Brasil (PGB), responsável por traçar perfis de jogadores brasileiros, revelou que mais de 75% da população do país consome algum tipo de jogo eletrônico, seja em computadores, notebooks ou dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Tem gente que fica tanto tempo com os olhos grudados na tela, que alguns especialistas alertam para prejuízos à saúde. Em novo relatório divulgado no último sábado (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o vício em games é classificado como doença. A publicação já havia sido feita na Classificação Internacional de Doenças (CID) em 2018, tendo sido aprovada em maio deste ano. As mudanças entram em vigor no dia 1° de janeiro de 2022.

Confira a reportagem

Rotina x Tempo jogando

Para o estudante Thiago Estima, não foi tão simples conciliar os compromissos do dia a dia com a paixão pelos jogos online "Muitas vezes eu estava jogando e não percebia o tempo passar. De certo modo, isso atrapalhava, porque ficava mais corrido para fazer trabalhos e estudar para as provas da faculdade", contou.

Percebendo o prejuízo, ele agiu por conta própria e atualmente consegue cumprir as obrigações e manter uma rotina saudável com os jogos "Geralmente eu deixo para jogar depois que concluo tudo do meu dia e jogo no máximo por uma hora e meia", disse o estudante.

Palavra da especialista

Segundo a psicóloga Giedra Holanda, o vício em jogos ou a nomofobia, que representa a síndrome da dependência digital, acontece quando o indivíduo passa mais de 12 horas ininterruptas jogando. Para ela, mesmo havendo benefícios para os jogadores, como estimular concentração e a memória da criança e do adolescente, é necessário ficar atento se há mudanças de comportamento, que caracterizam o vício.

Ficção x Realidade

Giedra ainda faz um último alerta "A grande questão é quando essas pessoas saem do limite da ficção e vão para a realidade. Nem tudo que se faz no jogo, pode-se fazer na vida real", e completa: "O mais importante, de fato, é a vigilância dos pais. Ele precisam saber o que essas crianças estão jogando e controlar o tempo nas telas".