Comerciantes de pontos turísticos da cidade do Recife estão sofrendo com a queda nas vendas de produtos artesanais e peças artísticas do estado de Pernambuco. Segundo alguns vendedores que possuem pontos na Casa da Cultura, a redução na venda das mercadorias chega a 80%.

O principal motivo para este déficit se encontra nas novas regras para bagagens de mão em voos domésticos, onde o limite máximo é de 10kg. Caso esse limite seja ultrapassado, a companhia aérea cobrará uma taxa adicional do passageiro.

Em junho deste ano, uma medida provisória do Congresso Nacional garantia a gratuidade de bagagens com até 23kg em voos comerciais com mais de 31 lugares. Porém, a medida foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, fato que acabou agravando ainda mais a vida dos comerciantes e consumidores.

"A gente não pode levar uma bebida, um artesanato, algo mais pesado porque pode ultrapassar o limite e poderemos pagar a mais por isso. E muitas vezes não cabe no orçamento mais despesas", lamentou a advogada Letícia Alves.

Confira a reportagem

Limite de 10kg

Em voos domésticos, os passageiros só são isentos de cobranças nas bagagens de mão de até 10kg. Quem ultrapassa esse limite precisa pagar pela mala uma taxa adicional que é definida pela própria companhia aérea.

Preocupação dos turistas

A comerciante Vânia Mendes, que trabalha no mercado de São José, atende com frequência turistas preocupados com o peso dos produtos. "Tem uns que querem levar uma rede, uma toalha de mesa e acabam não levando por causa do peso. Ficam com medo de ultrapassar os 10kg, contou.

Driblando o prejuízo

Para atrair a clientela e driblar a crise, a vendedora Nathália Albuquerque resolveu aderir as redes sociais para melhorar as vendas "A gente aderiu a internet. Temos página no instagram, página no facebook e vamos até o cliente para vender. Basta contatar nossa loja pelas redes que enviamos a mercadoria", explicou.