Interrogatório

Suspeito diz que jogou ácido sulfúrico na ex-mulher e diz motivo

De acordo com a Polícia, são contraditórias as versões dadas pelo ex-marido e pelo amigo dele, que teria ajudado na ação

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 10/07/2019 às 10:30
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

A polícia apresentou novos detalhes sobre o caso do agente de saúde que jogou ácido sulfúrico na ex-companheira, em Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. De acordo com as investigações, o agente de saúde disse que cometeu o crime porque não conseguia ver o filho. A mãe da vítima nega a versão.

Em coletiva de imprensa, nessa terça-feira (9), representantes do Departamento de Polícia da Mulher esclareceram detalhes sobre o crime. O suspeito, encaminhado na última segunda-feira (8) para o Cotel, em Abreu e Lima, já tinha histórico criminal por estelionato e agora está sendo investigado pelos crimes de lesão corporal e descumprimento de medida protetiva.// Na ocasião, a polícia informou que o produto jogado na vítima foi ácido sulfúrico e não soda cáustica.

>> Queria 'dar um susto nela', diz suspeito de jogar ácido em ex-mulher

>> Preso suspeito de jogar substância química na ex-esposa no Recife

>> Preso suspeito de ter ajudado homem a jogar químico em rosto de ex-esposa

Interrogatório

Depois de quase 2 horas de interrogatório, o ex-companheiro da vítima se disse arrependido e negou que o crime tenha sido motivado pela separação. Ele falou que estava revoltado por não ter acesso ao filho do casal, uma criança de dois anos. Segundo a polícia, a mãe do suspeito desmentiu essa justificativa.

O caso

O homem jogou ácido no rosto da ex-mulher no bairro de Nova Descoberta, na Zona do Recife. Segundo testemunhas, o casal teve um relacionamento de 4 anos e se separou recentemente, há cerca de três meses, mas o suspeito não aceita o fim da relação. Na noite da quinta-feira (4), ele esteve na casa da vítima e, com a ajuda de um amigo, jogou a substância no rosto da ex-mulher, com quem tem um filho de dois anos.

Familiares contaram que o suspeito, de 27 anos, sempre batia na esposa. Além disso, a justiça já tinha determinado uma medida protetiva contra ele, mas, por várias vezes, o homem teria descumprido a ordem judicial.

#UmaPorUma

A violência contra a mulher é constante e frequentemente acaba em tragédia. Existe uma história para contar por trás de cada feminicídio, em Pernambuco. O especial Uma por uma contou todas. Em 2018, o projeto mapeou onde as mataram, as motivações do crime, acompanharam a investigação e cobraram a punição dos culpados. Um banco de dados virtual, com os perfis de vítimas e agressores, além dos trágicos relatos que extrapolam a fotografia da cena do crime. Confira o especial Uma por Uma AQUI.