Uma operação da Polícia da Federal (PF) cumpre nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal e presidente nacional do Partido Social Liberal (PSL), Luciano Bivar, na manhã desta terça-feira (15). Os mandados foram autorizados pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
A operação atende um pedido do Ministério Público Eleitoral referente a uma investigação sobre o uso de candidaturas laranjas pelo PSL, na eleição de 2018. Nove mandados foram expedidos pelo TRE. De acordo com a PF, a operação acontece para apurar crimes eleitorais e associação criminosa.
>>>''Invasiva e desnecessária'', afirma Defesa de Bivar sobre mandado de busca e apreensão<<<
- ''Pode ser algo criminoso'', diz Bolsonaro sobre óleo em praias do Nordeste
- Bolsonaro diz que não questionará vetos à lei de abuso de autoridade
- Comentário de Bolsonaro sobre mau hálito de apoiador repercute na web
- Médico de Bolsonaro avaliará novamente a alimentação do presidente
- Bolsonaro tem melhora clínica progressiva e segue com dieta líquida
>> Luciano Bivar é alvo de busca e apreensão no caso dos laranjas do PSL
>> Ex-candidata a deputada federal é suspeita de ser laranja do PSL
>> Presidente do PSL fala sobre aumento de nomes do partido na Câmara
O esquema
Ainda segundo a Polícia Federal, líderes do PSL teriam ocultado, disfarçado e omitido "movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional."
O esquema conhecido “laranjal do PSL” foi revelado pela Folha de S.Paulo em uma série de reportagens, desde o início de 2019, e se tornou motivo de atritos internos no partido do presidente Jair Bolsonaro, que pode deixar a legenda.
Operação Guinhol
A ação faz parte das investigações sobre o esquema das candidaturas de laranjas pela legenda. O nome da operação faz referência a uma marionete, personagem do teatro de fantoches criado no século XIX diante da possibilidade de candidatas terem sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.
Resposta
Segundo o advogado de Bivar, Ademar Rigueira, por telefone, a decisão foi estranhada. "O inquérito está perdurando 10 meses e, durante todo esse período, as pessoas envolvidas cooperaram, fornecendo tudo o que era solicitado. O inquérito não trouxe nenhum elemento de fraude." Ele ainda criticou a ação da PF e disse que vão aguardar os desdobramentos da investigação. "O que a Polícia Federal está fazendo é invertendo a lógica da investigação. Como não consegue provar nada, se faz uma 'pescaria', uma busca e apreensão. É um absurdo completo. A gente espera muito que esta ação não tenha nenhuma motivação política. Nosso próximo passo agora vai ser aguardar esse desdobramento."