Deslizamento de barreira

"A gente vive entregue", diz mãe de vítima de tragédia em Dois Unidos

Após 1 mês do deslizamento de barreira, que deixou sete pessoas mortas, as famílias sofrem com a falta de água na região

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FOTO: Reprodução/TV Jornal

O deslizamento de uma barreira que deixou sete pessoas mortas, no Córrego do Morcego, no bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife, completa 1 mês, nesta sexta-feira (24). Na madrugada de 24 de dezembro do ano passado, véspera de Natal, famílias que estavam reunidas para celebrar a data foram devastadas pelo desastre.

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A equipe de reportagem da TV Jornal voltou ao local para saber o que mudou, desde o dia do ocorrido. Além de terem de lidar com a dor contínua das perdas, os familiares se sentem desamparados e esquecidos pelo Estado. Além disso, seguem com medo de uma nova tragédia. Confira na reportagem abaixo.

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Falta de água

Desde o período da tragédia, moradores denunciam que estão sem água nas torneiras. Já são 30 dias à espera de uma solução e eles afirmam que o abastecimento de água ainda não foi normalizado. Carros-pipa estão sendo usados para levar água para quem vive por lá, mas a reclamação é que não estão sendo suficientes.

Segundo a população, a causa exata seria o cano mestre danificado. Uma obra emergencial teria sido prometida pela Compesa para solucionar o problema, mas, até agora, nenhum sinal do serviço foi visto.

Quem mora em comunidades próximas, como o Alto do Catamarã, também diz ter sido afetado, após a queda da barreira, e cobra uma providência. "Está chegando não, como é que eu pagando água e a água não chega? Isso não existe", afirma o porteiro Rinaldo Henrique.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 24 de dezembro, um deslizamento de terra atingiu duas casas, no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. O motivo teria sido o vazamento no cano que leva água para a região. Sete mortes foram confirmadas, entre elas, a de um bebê de 2 meses.

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