O fim de semana foi de tristeza para os fãs do cantor Reginaldo Rossi. O artista de 70 anos faleceu na última sexta-feira (20) no Hospital Memorial São José, no Centro do Recife, onde estava internado há 24 dias, lutando contra um câncer de pulmão. O corpo do Rei foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na Rua da Aurora, bairro de Santo Amaro, e enterrado nesse sábado (21) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
Em bares da cidade, admiradores de Rossi se reuniram para matar a saudade. Foi assim na Confraria do Chifrudo, no mercado da Madalena, e no Bar dos Cornos, em Brasília Teimosa, lugares que o cantor frequentava e era bem recebido.
Na Alepe, a fila de fãs que cantavam para homenagear Rossi dava voltas. Familiares e outros artistas compareceram ao local para dar o último adeus ao Rei. Coberto pelas bandeiras de Pernambuco e do Brasil, o caixão foi colocado em cima de uma viatura do Corpo de Bombeiros para ser levado ao cemitério.
Os fãs saudaram o Rei do Brega durante todo o percurso. Por volta das 16h30, a viatura chegou no Morada da Paz, onde centenas de pessoas já aguardavam o corpo na entrada. Uma missa foi celebrada na capela de São Francisco de Assis e o filho único de Rossi, Roberto, fez um discurso emocionado, através do qual agradeceu ao pai por toda a dedicação.
Após a celebração, os fãs se despediram do cantor. A cerimônia de sepultamento foi reservada apenas para amigos, familiares e alguns convidados. Ao chegar no jazigo da família, Rossi recebeu honras militares, enquanto uma multidão acompanhava o enterro através de um telão disponibilizado para não deixar ninguém de fora da despedida.
Para homenagear o pai, Roberto leu um poema do repórter Wagner Sarmento, do Jornal do Commercio. Em seguida, o Rei do Brega foi enterrado ao som da música 'Recife minha cidade', enquanto fãs, amigos e familiares choravam e cantavam no último adeus ao Rei.
CARREIRA - Rossi fundou a banda The Silver Jets na década de 70, por influência dos Beatles. Depois, trilhou o caminho da música romântica, ganhando assim uma legião de fãs. Na década de 80, se tornou o Rei do Brega. Foi quando surgiu 'Garçon', uma das músicas mais famosas dentre as 300 do repertório criado ao longo de 50 anos de carreira.
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